Por Julio Ottoboni
A fabricante mantém previsão de entregar de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos no ano.
Nos três primeiros meses do ano foram entregues 14 aeronaves comerciais e 11 executivas, sendo 8 jatos leves e 3 jatos grandes, ante os 18 comerciais e 15 executivas, sendo 11 jatos leves e 4 jatos grandes do no ano anterior.
Segundo a Embraer, geralmente as entregas do primeiro trimestre tendem a ser menores em relação aos demais trimestres do ano, por questão de sazonalidade. No período, a empresa registrou prejuízo de R$ 40 milhões, ante lucro líquido de R$ 168,5 milhões em igual período de 2017, mas espera reverter o resultado ao longo do ano. Nos últimos 10 anos, a Embraer mantém média de 220 a 230 aviões vendidos e entregues por ano.
Conforme novas normas contábeis, os pedidos firmes passaram de US$ 19,2 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para US$ 19,5 bilhões. Desde 2008 a companhia vem se mantendo na casa de US$ 6 bilhões de receita. Nesse período surgiu a aviação executiva com maior vigor dentro do mercado, mas diminuíram as entregas de aviões comerciais. Para a Embraer, considerando o cenário de crise que o mercado passou, é um resultado bom. Mas o crescimento estagnou.
Nesses últimos 10 anos foram investidos US$ 5 bilhões no desenvolvimento dos aviões executivos, comerciais e defesas, além de soluções para a área de serviços. O 190-E2 acabou de ser certificado e o KC-390 chega ao mercado no fim do ano.
A empresa anunciou em dezembro que negocia parceria com a Boeing e confirmou que o acordo pode envolver nova companhia para produção de jatos comerciais, excluindo as operações de defesa da empresa brasileira e, talvez, sua unidade de aviões executivos.
FONTE: DCI