Por Sergio Barreto Motta
O Eisa, segundo ele, no dia 26, chamou a equipe de manutenção de máquinas para que o estaleiro voltasse a operar. E, no dia 27, todos os metalúrgicos retornaram ao trabalho. “Ainda há um clima de insegurança em razão do que pode acontecer com o futuro do estaleiro. Nós, dirigentes sindicais, junto com lideranças e alguns parlamentares, tentamos junto aos armadores para que não aplicassem as multas contratuais porque o Eisa está com todas as encomendas atrasadas”, disse, informando que dentro do contrato de construção naval há uma cláusula de multa por atraso.
“Nós pedimos aos armadores que não aplicassem as multas. A Log-in, inclusive, fez ameaças de tirar seus navios do Eisa. Então, nós conseguimos convencer esses armadores a não aplicaram as multas para que o estaleiro possa desenvolver sua construção novamente”, explicou. Joacir Pedro, que também é diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse ainda que o estaleiro pegou alguns adiantamentos junto a armadores e está tentando agora tocar efetivamente as obras. “O Eisa precisa, no mínimo, de mais R$ 100 milhões para poder ficar tranquilo e entregar alguns navios e começar a receber recursos das novas encomendas. Estes recursos o estaleiro está tentando junto a instituições financeiras no país”.
Se tudo correr bem, estará confirmado que casos como do Eisa (RJ) e Iesa (RS) são específicos e não configuram crise. Ao contrário, documento do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval) aponta que o setor conta com 381 obras e tem um enorme mercado a explorar, de navios, barcos de apoio, plataformas e navios-sonda, além de aspectos especiais, como a construção de cinco submarinos, em estaleiro da Marinha do Brasil – sendo um deles de propulsão nuclear.
FONTE: Monitor Mercantil