Por Marina Rocha
O sistema estratégico de comunicações em alta frequência é o tema do Seminário de Comando e Controle 2015 realizado pelo Ministério da Defesa (MD), em Brasília (DF), com a participação de civis e militares.
Na abertura do evento, realizada nesta quarta-feira (26), o chefe de Operações Conjuntas do MD, Almirante Ademir Sobrinho, falou a respeito das comunicações a média e longa distância. Segundo ele, é necessário entender que o país não possui uma “constelação” de satélites. “Temos três e eles são compartilhados com empresa estrangeira”, explicou. O almirante anunciou que possivelmente em 2017 o Brasil terá tecnologia nacional nesse tipo de produto.
Outro assunto abordado no seminário foi a doutrina empregada em operações conjuntas de comunicação. “Nós nos esquecemos dos procedimentos básicos para doutrina porque cada Força tem a sua. O encontro aqui é para conhecer as capacidades de cada um e buscar caminhos para as comunicações por satélite”, salientou.
O chefe da Seção de Operações de Comando e Controle da Defesa, Coronel Márcio Teixeira de Campos, também expôs acerca do Sistema Estratégico de Comunicações em Alta Frequência (SECAF). As vantagens de usar a onda curta de rádio (HF) é que possibilita backup à longa distância, emprego em regiões remotas ou atingidas por catástrofes, custo baixo e permite, ainda, o tráfego de grandes volumes de dados.
“Atualmente só existe interoperabilidade por voz, já que Marinha, Exército e Aeronáutica têm suas próprias redes de comunicação por HF”, disse o Coronel Campos. O oficial afirmou que o SECAF é uma tecnologia dividida nos seguintes subsistemas: infraestrutura, configuração e aplicações, operação, gerenciamento e logística. “Esses subsistemas serão operados pelas organizações militares ou estruturas já existentes. Vamos ter mais eficiência nas decisões, agilidade de divulgação e otimização de recursos”, finalizou.
As atividades do seminário serão realizadas até a próxima sexta-feira (28) e contam com trabalhos em grupo, além de palestras de empresas de comunicação e de representantes das Forças.
FONTE: MD