“Defesa é fundamental para a democracia”, afirma MD

Em entrevista, Ministro da Defesa enfatizou o compromisso do governo de aperfeiçoar o sistema de brasileiro de defesa

O Ministério da Defesa tem um papel fundamental na consolidação da democracia brasileira já que coloca sob a responsabilidade civil a coordenação das Forças Armadas. A afirmação é do ministro da Defesa, Jaques Wagner, em entrevista a NBR. Segundo ele, a própria criação do Ministério da Defesa faz parte desse processo de fortalecimento democrático e de respeito às regras constitucionais. “É como tem que ser na democracia”, afirmou.

Além disso, o ministro enfatizou o compromisso do governo federal de aperfeiçoamento do sistema de brasileiro de defesa em uma estrutura cada vez mais profissional e bem equipada, capaz de garantir a soberania do País e de proteger o nosso povo, dentro da tradição brasileira de País democrático e pacífico.

“O Brasil consolida, ao longo de sua história, a tradição de País democrático e pacífico. Um País que é o mais igualitário, livre e soberano de toda a sua história, apesar dos grandes desafios a serem ainda enfrentados. São 30 anos de democracia ininterrupta e de respeito à Constituição. Para isso, precisamos de Forças Armadas profissionalizadas, bem equipadas, para proteger o nosso País e nossa gente”, disse.

Projetos estratégicos

Por essa razão, o ministro destacou a decisão política do governo brasileiro que, nos últimos dez anos, se comprometeu com a reestruturação das Forças Armadas brasileiras, por meio de fortes investimentos em projetos considerados estratégicos para o País.

Nesse sentido, ele citou iniciativas como a da aquisição, pelo governo brasileiro, de 36 caças suecos Gripen para substituir os atuais caças da Força Aérea Brasileira (FAB) – por um período de 30 anos – e o desenvolvimento pela Marinha do Brasil do primeiro submarino de propulsão nuclear do Hemisfério Sul. Atualmente, só os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, Inglaterra, França e China – possuem essa tecnologia.

Para o ministro, esses projetos fazem parte de uma nova visão do governo brasileiro que vê na indústria da Defesa não só uma propulsora da geração de empregos no País, mas um estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. Segundo ele, a decisão do governo do Brasil pelas parcerias com os governos francês, para o desenvolvimento do submarino nuclear, e da Suécia, no caso da aquisição dos caças Gripen, levou em conta, sobretudo, a garantia de transferência de tecnologia.

“O Brasil não quer ser só um comprador de produtos militares, ele quer ser também produtor. Com isso, a própria indústria de defesa ganha um novo contorno e se desenvolve mais,” ressalta.

No último mês de agosto, os governos brasileiro e sueco assinaram o contrato de financiamento – a juros reduzidos – que permitirá a aquisição e o desenvolvimento dos caças Gripen no Brasil, a etapa final para o início da fabricação dos novos aviões.

O próximo passo é o envio, até o final de 2015, de 250 cientistas e engenheiros brasileiros para a Suécia para treinamento e conhecimento da tecnologia de fabricação. De acordo com o Ministério da Defesa, a previsão é que a primeira aeronave seja entregue em 2019 e a 36º em 2024, sendo as quinze últimas produzidas inteiramente no Brasil, por meio de parceria com a Embraer. Segundo o ministro Wagner, a absorção dessa tecnologia será estratégica para a empresa brasileira, que já exporta aviões e produtos aeroespaciais para o mundo todo.

Posição semelhante a que representa para o Brasil o programa de desenvolvimento de submarinos que prevê, além da construção de um submarino de propulsão nuclear, de quatro convencionais. Esses últimos – já em construção em parceria por mão de obra francesa e brasileira – têm previsão de entrega entre 2018 e 2022. Já o de propulsão nuclear deve começar a ser produzido a partir de 2017, segundo informações da Marinha brasileira.

Nesse sentido, o ministro da Defesa enfatiza que possuir equipamentos com esse nível de avanço tecnológico é fundamental para um País que possui mais de 8 mil km de costa litorânea e que precisa zelar pela sua soberania.

“Hoje vale mais a pena você ter um grande equipamento do que um contingente muito grande. Um equipamento moderno, que tem uma capacidade de dissuasão, já que a nossa ideia não é guerrear, sempre é se defender e se proteger, garantindo sempre a nossa soberania e podendo, inclusive, contribuir com outros povos”, acrescentou.

FONTE: Portal Brasil

FOTO: Agência Brasil

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