Por Luiz Padilha
O navio partiu em janeiro para realizar mais um tour por vários países, demonstrando o conceito da nova família Gowind com design stealth da DCNS. Após o Brasil, o navio seguirá para o Uruguai, Argentina, África do Sul e Moçambique. Seu retorno à França deverá ocorrer em Maio.
O capitão de fragata Nicolas Guiraud, informou que o navio tem uma tripulação de 33 homens mas que durante uma missão como a atual, onde passará longo tempo longe de sua base, a mesma foi acrescida com mais 15 homens, com possibilidade de receber mais alguns, caso necessário. Com o novo sistema de combate Polaris desenvolvido pela DCNS para navios médios (OPVs e corvetas), o navio é a vitrine da empresa para novos clientes.
Após a venda de quatro corvetas Gowind 2500 para o Egito e seis para a Malásia, a DCNS espera negociar mais OPVs e corvetas da família Gowind, e o L’Adroit visitará potenciais clientes que necessitam deste tipo de navio para suas Marinhas.
O passadiço do navio possui uma visibilidade de 360º, uma característica interessante para a sua função, com o seu COC (Centro de Operações de Combate) agregado, facilitando o trabalho de seu comandante. O controle de máquinas também é executado/monitorado no passadiço. O mastro integrado é acessado por uma escada no passadiço e é de fácil acesso.
Do passadiço seguimos ao hangar que possui boas dimensões e pode receber um helicóptero de até 5 toneladas (Esquilo, Dauphin e Super Lynx), porém, o mesmo não possui uma grua/guicho, para manutenções de maior envergadura, limitando ao pessoal da ala aérea a pequenas manutenções. Já o seu convoo pode operar com helicópteros médios de até 10 toneladas como o NH-90, Super Puma e o Sea Hawk.
Perguntado sobre a capacidade marinheira do navio, o CF Guiraud disse que o mesmo possui um sistema de estabilização passiva, realizada através de seus tanques de água, e isso proporciona ao navio, boa estabilidade até mares de nível cinco ou seis, com operações aéreas limitadas à mar nível cinco.
Na sequência fomos até a prôa do navio onde foi possível observar um canhão de 20mm operado manualmente e dois lançadores óctuplos de “chaff”. O navio possui também como armamento, duas metralhadoras .50 instaladas nas asas do passadiço.
O L’Adroit possui a bordo uma lancha Zeppelin equipada com um motor Honda 90 de 4 tempos para embarque e desembarque rápidos executados por boreste. A ré o navio estava equipado com dois diferentes RIBs Zodiac, um deles o Hurricane H935 Mach II para o embarque de forças especiais para intervenções onde seja necessário.
Ao final de nossa visita, respondendo a uma questão levantada sobre o futuro do navio e eventual aquisição pela Marinha do Brasil, o Sr. Missoffe disse que no momento alguns países estão avaliando a possibilidade de adquirir o navio e, que para a DCNS, a aquisição de OPVs não é alta prioridade para a Marinha do Brasil neste momento, mas que alguns dos sistemas do navio poderiam ter utilidade em projetos de desenvolvimento brasileiro.
Saiba mais sobre esse tour do OPV L’Adroit abaixo:
Navio Patrulha Oceânico ‘L’Adroit’ (P 725) visitará o Rio de Janeiro
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