Por Guido Braslavsky
A negociação é secreta, mas fala-se de 14 a 20 aeronaves. O centro das atenções é o FC-1/F-17 Thunder produzido pela empresa chinesa Chengdu Aircraft Corporation, em parceria com o Paquistão e voado pela Força Aérea paquistanesa. É um avião moderno com um único motor e econômico, projetado para os países em desenvolvimento .
Outra opção é o Chengdu J-10B. Dias depois de ter terminado a visita da presidente Cristina, um ex-piloto e especialista chinês publicou uma análise no China Militar Online (site patrocinado pelo jornal do Exército Popular de Libertação), recomendando o J-10 a Argentina pela sua capacidade de enfrentar o caça inglês “Typhoon” implantado nas Malvinas, e que apesar do FC-1 ser mais econômico, seria “um desperdício” em comparação com o J-10. Estes, segundo o especialista Xu Yongling podem transportar mísseis ar-ar fabricados na China, equiparado ao americano de médio alcance AIM-120, e o de curto alcance “Sidewinder”. A possibilidade de que a Argentina modernize sua frota de aviões de combate provoca arrepios aos britânicos, que boicotaram as negociações com os países europeus.
Ao contrário de outras propostas recebidas, o caça chinês é desconhecido para os pilotos argentinos. Fontes do meio aeronáutico, confirmaram ao Clarín a viagem à China do comitê técnico que terá o primeiro contato com essas aeronaves e vão avaliar as capacidades do mesmo e a questão logística.
Em defesa não se fala sobre as negociações em curso, para manter atenção as outras propostas conhecidas: “Comprar na China é uma das várias opções que estão sendo avaliados para substituir o Mirage, além das ofertas feitas por Espanha, França e Israel”, informou ao Clarín, o porta voz do ministro Agustín Rossi, referindo-se às negociações entre o Mirage F1 espanhol, o Mirage 2000 francês e o Kfir israelense, escolha que parecia estar a caminho de fechada no ano passado.
Na pasta da defesa, também são negociados acordos para construir um navio polar, rebocadores e veículos blindados. Fontes militares concordam que a preocupação central de Washington, como Clarín noticiou dias atrás, não é a reposição argentina de sua capacidade operacional, mas para o “pouso estratégico da China na região”.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Clarín.com
NOTA DO EDITOR: Com a notícia sendo veiculada pelo principal jornal argentino, onde foi confirmada por fontes da FAA e do Ministério da Defesa argentino, creio que possamos aguardar em breve, o resultado desta avaliação que a comissão técnica irá fazer.