Chegam ao porto da Nuclep as seções do SBR

Ufem recebeu nesta semana primeira parte do submarino para construção

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O primeiro módulo para construção do novo submarino brasileiro que será construído em Itaguaí chegou ao Porto da Nuclep, no sábado. A estrutura foi levada, com apoio da escolta da Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e da Marinha do Brasil até a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), na Ilha da Madeira, para ser finalizada. Segundo Jorge Luís Antunes, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da 3ª Delegacia – Itaguaí/RJ, o submarino chegou da França e sua construção contou com o trabalho de técnicos brasileiros treinados para aprender a tecnologia francesa.

A França é um dos países do seleto grupo dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – únicas nações que já têm acesso ao submarino nuclear (Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia). Brasil e França firmaram, em 2008, um acordo que deu início ao Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
Esse programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e de mais quatro submarinos convencionais diesel-elétrico, que substituirão a atual frota.

De acordo com o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, o Prosub, iniciado em 2011, prevê investimentos de R$ 7,8 bilhões e deve estar concluído em 2017, ano em que entrará em operação o primeiro dos quatro submarinos convencionais. “O Prosub vai empregar 9 mil pessoas e produzir outros 32 mil postos de trabalho indiretos”, afirmou.

O Brasil possui atualmente cinco submarinos, todos na versão do submarino alemão U-209, com propulsão diesel-elétrica, que embora seja furtivo por essência, precisa se expor com regularidade para içar os mastros que captam o ar necessário à combustão do diesel. No entanto, a característica principal de um submarino é sua capacidade de ocultação, de permanecer “invisível” aos radares e satélites e cada minuto em exposição torna-o suscetível à detecção por aeronaves de reconhecimento, navios de superfície ou por outros submarinos. Por isso, é importante que uma embarcação deste tipo permaneça submersa o maior tempo possível.

É justamente neste aspecto que reside a vantagem do submarino nuclear sobre os submarinos convencionais. A energia gerada pela fissão do átomo prescinde do oxigênio utilizado para a combustão do diesel. Desta forma, um submarino nuclear pode permanecer submerso e oculto durante tempo ilimitado, o que aumenta exponencialmente seu potencial ofensivo em ataques fortuitos. O submarino movido a propulsão nuclear também move-se a maiores velocidades quando comparado aos convencionais.

FONTE: Jornal Atual – por:  Natália Figueiredo

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