Ufem recebeu nesta semana primeira parte do submarino para construção
A França é um dos países do seleto grupo dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – únicas nações que já têm acesso ao submarino nuclear (Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia). Brasil e França firmaram, em 2008, um acordo que deu início ao Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
Esse programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e de mais quatro submarinos convencionais diesel-elétrico, que substituirão a atual frota.
De acordo com o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, o Prosub, iniciado em 2011, prevê investimentos de R$ 7,8 bilhões e deve estar concluído em 2017, ano em que entrará em operação o primeiro dos quatro submarinos convencionais. “O Prosub vai empregar 9 mil pessoas e produzir outros 32 mil postos de trabalho indiretos”, afirmou.
O Brasil possui atualmente cinco submarinos, todos na versão do submarino alemão U-209, com propulsão diesel-elétrica, que embora seja furtivo por essência, precisa se expor com regularidade para içar os mastros que captam o ar necessário à combustão do diesel. No entanto, a característica principal de um submarino é sua capacidade de ocultação, de permanecer “invisível” aos radares e satélites e cada minuto em exposição torna-o suscetível à detecção por aeronaves de reconhecimento, navios de superfície ou por outros submarinos. Por isso, é importante que uma embarcação deste tipo permaneça submersa o maior tempo possível.
É justamente neste aspecto que reside a vantagem do submarino nuclear sobre os submarinos convencionais. A energia gerada pela fissão do átomo prescinde do oxigênio utilizado para a combustão do diesel. Desta forma, um submarino nuclear pode permanecer submerso e oculto durante tempo ilimitado, o que aumenta exponencialmente seu potencial ofensivo em ataques fortuitos. O submarino movido a propulsão nuclear também move-se a maiores velocidades quando comparado aos convencionais.
FONTE: Jornal Atual – por: Natália Figueiredo