No final de 2016, o Brasil deve lançar na órbita do planeta o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra. Depois de orbitado e testado, estará totalmente operacional em janeiro de 2017. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).
Acompanhada da ex-deputada Perpétua Almeida, Jô Moraes visitou as instalações da empresa Thales Alenia Space, em Cannes, na França, onde o artefato está sendo construído. Jô Moraes liderou missão à França para discutir e conhecer tecnologias de ponta e inovações de interesse do Brasil e que estão sendo desenvolvidas pelo país com outros parceiros internacionais nas áreas aeroespacial e de defesa.
“O projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas é uma importante conquista para a soberania do país. Ele integrará as longínquas regiões às mais modernas redes de informação. Uma conquista inovadora que precisa ser apoiada por toda a sociedade para ter acelerada a sua conclusão”, explicou a parlamentar.
Absorção de tecnologia
O satélite está sendo construído pela Thales Alenia Space, sob a supervisão da Visiona Tecnologia Espacial, uma joint-venture entre Embraer (51%) e Telebras (49%), criada para conduzir o processo de viabilização e participação do processo de absorção da tecnologia, conforme proposta do projeto.
Quarenta e nove especialistas já fizeram cursos e estágios com os construtores franceses para desenvolver as competências necessárias à operação soberana desse tipo de artefato e seus sistemas embarcados. O projeto envolve os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia.
A construção do satélite geoestacionário teve início em janeiro de 2014 com os propósitos estratégicos para as comunicações, tanto civis quanto militares; para uso comercial e de banda larga civil e militar; de defesa e também para a soberania nacional.
O satélite, quando em operação, será usado também para o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), o que inclui as comunicações estratégicas do governo federal; alta velocidade para os locais mais remotos do país onde a rede de fibra ótica da Telebras não alcança, especialmente no Norte do País, além de permitir a segurança da área do pré-sal na Amazônia Azul.
FONTE: Portal Vermelho