Muilenburg, que também é presidente do conselho de administração da empresa, afirmou ainda, em entrevista à agência de notícias Reuters, que a Boeing está “progredindo” nas conversas com a Embraer. A companhia continua estudando algumas estruturas possíveis para o acordo, que analistas preveem que pode envolver uma avaliação da Embraer entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões.
– Aquisições da escala da Embraer não são apenas factíveis para nós, elas também são operações que nós podemos seletivamente fazer, alinhadas à nossa estratégia (de alocação de caixa) – observou Muilenburg à Reuters.
– Nós temos muito poder de caixa para fazer todas as três coisas: investir de forma orgânica, remunerar os acionistas e então fazer essas aquisições pretendidas – acrescentou.
SEM EFEITO DO PROTECIONISMO
Perguntado se acordos envolvendo outros países estavam mais difíceis com o aumento do protecionismo nos Estados Unidos, Muilenburg disse que a Boeing não desistirá da expansão global que, se feita estrategicamente, aumentará os empregos dentro e fora dos Estados Unidos.
Conforme O GLOBO informou anteontem, o acordo entre Boeing e Embraer pode ser finalizado ainda este mês. A fabricante americana quer usar o Brasil como plataforma para exportações na área de Defesa e, assim, driblar as restrições americanas para a venda de tecnologia militar sensível a terceiros mercados. As empresas têm pressa porque querem evitar que o calendário eleitoral no Brasil leve a uma politização das discussões em torno do acordo.
FONTE: O Globo