O empréstimo ainda vai ser contratado, segundo informou o BNDES. Esse financiamento se dá pela modalidade de pós-embarque pós-embarque pela qual o BNDES financia a comercialização do bem a ser exportado. Cada vez que uma aeronave é exportada, o BNDES desembolsa o valor equivalente, em reais, na conta da Embraer, enquanto a Sky West repaga o empréstimo em doze anos, em dólares.
O BNDES não informou o número de aviões envolvidos na transação, mas disse que deve representar um percentual expressivo da produção de aeronaves comerciais da Embraer em 2018. “Nos últimos 20 anos, o BNDES desembolsou US$ 21 bilhões para apoiar a exportação de aeronaves da Embraer, o que representa cerca de 30% da produção da empresa [no período]”, disse Ricardo Ramos, diretor da área de exportações do BNDES.
Procurada, a Embraer disse que não fala sobre linhas de crédito especificas de clientes. “Essa modalidade de financiamento é destinada ao importador e a Embraer não é parte relevante na transação financeira.” A empresa informou que, para 2017, estima que aproximadamente 25% das entregas de jatos comerciais serão financiadas pelo BNDES. “A Embraer não divulga projeção de apoio do BNDES para entregas futuras. As decisões de financiamento são exclusivas dos clientes da empresa. Há várias fontes de financiamento disponíveis no mercado, como bancos comerciais, empresas de leasing, mercado de capitais, agências de credito a exportação, além de recursos próprios do cliente. Muitas dessas decisões são tomadas próximas da data de exportação das aeronaves”, disse a Embraer.
Segundo o BNDES, a operação de financiamento à exportação de aeronaves da Embraer envolve opções de encomendas detidas pela Sky West que se transformaram em pedidos firmes. Em 2013, a Embraer e a Sky West anunciaram encomenda para 40 jatos E-175. Na ocasião, a Embraer anunciou que outros 60 pedidos firmes estavam condicionados à assinatura de novos acordos pela Sky West com companhias aéreas americanas às quais presta serviços. Havia ainda opções para outros 100 jatos E-175, elevando o potencial do pedido para até 200 aeronaves. Em setembro de 2017, a Sky West anunciou pedido firme para 25 E-Jets da Embraer, encomenda avaliada em US$ 1,1 bilhão. Um mês depois, em outubro, a Embraer anunciou outro pedido firme da Sky West, desta vez para mais 20 aeronaves, no valor de US$ 914 milhões.
FONTE: Valor Econômico