A informação do comandante da Marinha russa, Almirante Viktor Chirkov, de que a Rússia vai construir um novo porta-aviões, com deslocamento superior a 85 mil toneladas, foi recebido com ceticismo por analistas. Muitos questionaram quão realista pode ser esta ambição, dadas as limitações atuais da indústria de construção naval da Rússia, em particular a de defesa da própria indústria em geral.
O supercarrier proposto, anunciado pelo Alte. Chirkov em 23 de março, seria um salto qualitativo na capacidade e tamanho em relação ao único navio-aeródromo existente hoja da Marinha russa, o Almirante Kuznetsov, que possui 43 mil toneladas, menos de metade do deslocamento dos porta-aviões de classe Nimitz, da Marinha os EUA.
O novo navio, que seria projetado para transportar 100 aeronaves, seria ainda maior do que a classe de 85.000 toneladas que iriam seguir o Kuznetsov e seu navio irmão, o Varyag. Um projeto que nunca passou da fase inicial de construção, devido à queda da União Soviética.
Os únicos estaleiros que eram (e ainda são) capazes de construir porta-aviões deste tamanho são os estaleiros Nikolayev, na Ucrânia. Por isso, quando o império soviético desmoronou, o ainda incompleto navio de 85.000 toneladas, que seria batizado de Ulyanovsk foi desmantelado e o Varyag, que já estava construído, porém com quase nenhum dos sistemas internos instalados, foi vendido à Marinha chinesa.
O projeto para o supercarrier foi proposto pelo Instituto de Pesquisa Shipbuilding Krylov, que propõe um navio-aeródromo que seria maior do que qualquer um dos atualmente em serviço na frota dos EUA. O porta-aviões também seria movido a energia nuclear.
Ao contrário dos navios anteriores, que usaram apenas uma configuração de “ski-jump” para lançamento de aeronaves, o novo supostamente também estaria equipado com catapultas a vapor, assim como os utilizados pela atual geração de porta-aviões em serviço em todo o mundo, além do tradicional “ski-jump”.
FONTE: IHS JANE’S
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval