Entre os dias 20 e 24 de agosto, a Akaer integrou os grupos de trabalho de dois workshops realizados na Suécia para discutir os avanços dos projetos “Manufatura Aditiva de Metais” e “Ferramental Flexível”.
Ambos projetos de pesquisa e desenvolvimento contam com um diferencial único para o Brasil: são realizados por meio de consórcios de colaboração entre Brasil e Suécia, com a participação de empresas, agências de fomento, universidades e institutos de pesquisa, formando uma ampla rede de pesquisa e de suporte bilateral entre os dois países, envolvendo 12 instituições, ao todo, nos dois projetos.
Os workshops foram compostos por reuniões entre os parceiros para apresentação dos avanços em cada projeto e definição das próximas etapas de atuação. Os projetos começaram em outubro do ano passado e têm duração de um ano.
Além dos workshops, a equipe da Akaer também visitou novos potenciais parceiros, tais como as empresas ARCAM e GKN, na área de manufatura aditiva de metais, bem como institutos de pesquisa aplicada Swerea IVF e Universidades de Chalmers e Lunds, na área de Ferramental Flexível. Os workshops ocorreram nas cidades de Linköping e Estocolmo, tendo sido sediados pela SAAB e Swerea Kimab, ambos parceiros nos projetos.
Manufatura Aditiva de Metais
O projeto conta com a participação da Akaer, do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), do ISI (Instituto Senai de Inovação) em Laser, ISI em Sistemas de Manufatura, ISI em Engenharia de Superfícies, SAAB AB, Swerea KIMAB, COBOLT e é suportado pelo SENAI Departamento Nacional no Brasil e pela Vinnova na Suécia.
“Este deve ser o maior projeto de pesquisa em curso entre Brasil e Suécia em termos do número de parceiros envolvidos, além de inovador por promover o trabalho em uma rede de colaboração visando o avanço tecnológico”, destaca o diretor de P&D e Inovação da Akaer, Joselito Henriques.
O projeto de Manufatura Aditiva de Metais está desenvolvendo metodologias para a produção de peças complexas e estruturas de metais para o setor aeronáutico com o uso de tecnologia de impressão 3D. Foca em desafios na área de simulação, processos, inspeções e certificação para que essa tecnologia seja implementada com sucesso no setor aeroespacial.
“Esse é um mercado de grande potencialidade e a Akaer está buscando dominar essa tecnologia para poder incorporá-la em seu portfólio, oferecendo o desenvolvimento de peças e componentes de alta responsabilidade otimizados empregando esta tecnologia”, ressalta Henriques.
O mercado de manufatura aditiva de metais cresceu 80% nos últimos anos e os benefícios da aplicação dessa tecnologia para o setor aeroespacial são bastante promissores, apresentando, entre outras vantagens, a produção de peças mais complexas, em um tempo menor e com menor peso.
Ferramental Flexível
O projeto de Ferramental Flexível visa a elaboração de conceito e metodologia para o desenvolvimento de ferramentais facilmente reconfiguráveis para o setor aeronáutico. Estes ferramentais precisam garantir requisitos específicos tais como: baixa cadência, tolerância muito apertadas, grande repetibilidade e rastreabilidade total.
O ferramental consiste em estruturas que suportam as peças individuais para auxiliar a montagem de conjuntos e segmentos aeronáuticos. Segundo o conceito atual, os ferramentais são estruturas rígidas e fixas, concebidas para um conjunto ou segmento específico. Para cada conjunto é necessário uma grande e rígida estrutura tomando muito espaço e com elevado custo unitário.
Com o ferramental flexível, busca-se desenvolver estruturas capazes de se adaptarem a mais de um conjunto ou segmento de aeronave, com benefícios por exemplo em: eficiência, redução de custos, área industrial e agilidade na produção.
A pesquisa vem sendo desenvolvida pelo consórcio liderado pela Akaer, em parceria com o SENAI CIMATEC, ITA, SAAB AB, Swerea SICOMP, ProdTex e X-Laser Systems e já registra avanços. A Akaer tem simulado esse tipo de ferramental e o projeto prevê a criação de uma célula flexível com o uso do ferramental integrado a robôs colaborativos e industriais e sistemas, para aplicação no setor aeronáutico.
FONTE: Rossi Comunicações