Este é o caso, por exemplo, da meta de inauguração do estaleiro de construção, com a entrega de suas instalações em condições de receber as seções ora preparadas na UFEM para a continuidade do processo de fabricação do primeiro submarino convencional.
Alexandre Chiavegatto, Diretor de Contrato da Odebrecht Infraestrutura, que acumula considerável experiência no planejamento e inauguração de obras complexas e de grande porte no Brasil e no exterior, considera estas datas um fator de estímulo para o desenvolvimento e término dos trabalhos nos empreendimentos. “Tais metas criam maior motivação das equipes para solucionar as pendências com mais agilidade, gerando uma sinergia positiva em torno de um objetivo prioritário comum.”
Entretanto, ao mesmo tempo em que os esforços de todos se voltam para a obra e a conclusão do estaleiro de construção, é preciso avançar com os projetos do estaleiro de manutenção, da base naval sul e do complexo radiológico, para garantia do desenvolvimento contínuo do empreendimento.
“O desenvolvimento dos projetos, antecedendo as diversas etapas da obra, nos permite o estudo de soluções mais adequadas, a obtenção de alternativas mais econômicas, a elaboração de um plano de ação mais eficiente, e, inclusive,um controle maior de qualidade da obra. Portanto, apesar de atentos ao nosso objetivo atual do estaleiro de construção, não podemos postergar as definições necessárias para a conclusão dos projetos das etapas subseqüentes”, expõe Alexandre Chiavegatto.
Na área Sul do empreendimento, onde serão implantadas as principais instalações do Prosub-EBN – estaleiros, Base Naval Sul e complexo radiológico – algumas etapas das obras marítimas já foram cumpridas e várias frentes de trabalho estão em andamento, possibilitando o término dos cais e das docas secas e o início da construção dos edifícios.
Nesta fase, destacam-se: a cravação de estacas metálicas no mar, com 1 metro de diâmetro e comprimento médio de 42 metros, para o cais; a execução de paredes diafragma, com espessuras entre 80 centímetros e 1 metro, em profundidades de até 60 metros, que permitirão a escavação da área para a futura construção das docas; e, a cravação de aproximadamente 1.000 estacas metálicas, com perfis que variam entre 250 mm e 600 mm, destinadas aos edifícios dos estaleiros de construção.
Na área Sul, o canteiro de obras está sendo preparado para atender, em breve, em torno de 40 frentes de trabalho com a construção simultânea de todas as edificações, desde pequenas portarias e vestiários até o prédio principal do estaleiro, o main hall.
Segundo Paulo Camargo de Almeida, Gerente de Engenharia da Odebrecht Infraestrutura, o porte do empreendimento e a simultaneidade de serviços contribuem para a complexidade da obra.
“Atualmente, os cais convencionais, que constituem a primeira etapa das obras marítimas, estão em fase final de execução e as obras civis do estaleiro já foram iniciadas. Estamos ainda, executando a parede provisória das docas, que requer equipamentos de tecnologia diferenciados e um trabalho de engenharia bastante sofisticado para vencer os desafios de escavação e construção da ensecadeira que atinge uma profundidade de 35 metros abaixo do nível do mar.”
Em face da dimensão do programa e das instalações que compõem o Prosub-EBN, a área de Engenharia da Odebrecht conta com duas gerências: uma voltada para o desenvolvimento do projeto e a outra, para a execução da obra. Paulo de Almeida, o Gerente responsável pelas questões construtivas, explica que apesar desta divisão de escopo da Engenharia, a interface entre ambas é constante.
“A nossa função é dar construtibilidade ao projeto e, ao longo desse processo, a metodologia e as interferências executivas da obra, muitas vezes, implicam em alterações no projeto, de forma que a troca de informações entre ambas as gerências é diária para o bom desempenho de nossas atividades.”
FONTE: Tecnonews – FOTOS: Odebretch