Os veteranos que há 75 anos participaram na missão que viria a ditar o fim da Segunda Guerra Mundial contam memórias, ainda vivas, desse dia 6 de junho de 1944.
Charles Louis Scot-Brown: “Foi uma confusão organizada. Todos sabiam o que estavam a fazer. Mas foi impressionante ver toda a marinha, com todos os navios e embarcações, por aí. Ventava muito e a baía estava muito agitada”.
George Chow: “O principal era que tínhamos de continuar a garantir que não iríamos morrer. Isso era o mais importante”.
Charles Louis Scot-Brown: “A nossa missão era tomar as duas estações de radar e depois reagrupar. E, nesse momento, vimos que os pára-quedistas estavam espalhados por toda a área. E foi aí que a divisão 6 pousou. O nosso trabalho era, enquanto segunda linha, alcançar aquelas duas estações de radar. Assim que pousávamos, tínhamos que nos mexer”.
George Chow: “Eu era apenas um motorista. O oficial da segurança era o meu capitão. Ele disse para eu conduzir até aquele lugar e eu fui. Foi tudo!”
Jack Burch: “Nas nossas operações deviamos descer a um nível relativamente baixo e bombardear um local de lançamento muito pequeno. Tivemos de voar mais baixo do que o normal e fomos atacados, alvejados”.
George Chow: “Saímos da pista de pouso em Juno Beach, tínhamos cerca de 30 centímetros de água. Tivemos muita sorte!”
Charles Louis Scot-Brown: “Começamos a limpar o interior das estações de radar e usamos granadas de fumaça para evacuar as instalações e levamos os prisioneiros”.
Jack Burch: “Haviam 125.000 membros de comandos, 55.000 baixas. Foi muito perigoso”.
Charles Louis Scot-Brown: “Não era uma questão de saber se íamos ganhar. Tínhamos de ganhar!”
George Chow: “Quando chegámos lá, vimos corpos na beira da estrada, foi muito triste. Poderia ser o nosso próprio povo. Tentamos não pensar nisso, mas ainda hoje pensamos. É uma coisa que nos persegue!”
FONTE: Euronews