Hoje, 25 de Agosto, no peito de cada Soldado, o coração do Brasil bate mais forte.
Celebramos, com renovado entusiasmo, a data de nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Patrono do Exército Brasileiro, que se imortalizou, no Panteão dos Heróis da Pátria, como o Duque de Caxias, o Pacificador.
De lá, Caxias observa seu Exército marchando alinhado com os valores da nacionalidade brasileira, que ajudou a forjar nas lutas internas para preservar a unidade da Pátria – evitando sua fragmentação – e nas externas, para manter sua soberania e integridade territorial.
De lá, Caxias observa seu Exército, sem alarde, com retidão de propósitos, irmanado com a sociedade brasileira – de onde provém e a quem serve –, na teimosa luta para construir o futuro de grandeza para o qual o Brasil está vocacionado.
De lá, Caxias observa que, transcendendo tempos e conjunturas, a solidariedade do Soldado, sua coerência de atitudes, o sentimento de patriotismo, os predicados de bravura, o amor à legalidade, a desambição pessoal, a humildade, a honradez, o espírito de serviço, a não indiferença e o nacionalismo são os mesmos de sua época, quando serviu ao Império, no passado.
Como herdeiro do legado de Caxias, para prosseguir cumprindo sua missão com acerto, o Exército tem trabalhado arduamente – junto com a Marinha do Brasil e a Aeronáutica, sob a coordenação do Ministério da Defesa, com planejamento, constância e solidez. “O pôr do sol tem marcado apenas o início de mais uma jornada”. A missão continua sendo o nosso farol; os princípios e valores, nossas regras de engajamento nas operações das quais participamos diuturnamente, expondo-nos a riscos e à permanente avaliação da opinião pública.
O Soldado, cedo, desapega-se de regionalismos – serve ao Brasil. Atua em regiões desfavorecidas, carentes da presença do Estado e desejosas de segurança, de ordem e progresso. E faz isso com o mesmo sentimento de solidariedade e afeto de quem está no seio de uma grande família.
Sabemos que contribuir com o esforço de defesa de um país continente, dissuadir intenções hostis insuspeitas, respaldar decisões soberanas, entre tantas outras, não são tarefas para amadores. Conscientes disso, extraindo o máximo dos meios disponíveis, temos investido na capacitação do nosso Exército, particularmente no seu preparo profissional, no adestramento, no exercício da liderança, no respeito aos direitos de cada ser humano e na sólida modelagem do caráter institucional.
Sabe-se que “a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras”, mas porque o homem aprendeu com o passado, não se conformou com o presente e desafiou o futuro. Nesse sentido, há algum tempo, estamos vivenciando um profundo processo de transformação, que, em última instância, são mudanças – já em curso – que estão nos transportando da Era Industrial para a Era do Conhecimento.
O foco é a operacionalidade da Força, emoldurada por uma forte gestão orientada para resultados, com contratos de objetivos, extinção do que já cumpriu sua finalidade e não mais justifica sua existência, nova doutrina de emprego, novos materiais e poder de combate preparado por capacidades.
Preserva-se o DNA da Força e dá-se-lhe mais flexibilidade, modularidade, mobilidade e real poder para dissuadir ou para lutar o combate convencional, o das percepções, o da 4ª geração, o nunca visto.
Prontidão é a palavra-chave. Sabemos que, sempre que houver perigo e a situação o exigir, seremos chamados.
Soldados do meu BRASIL, parabéns pelo seu dia maior! Este é o nosso Exército; o Exército Brasileiro do futuro, do presente, de Caxias; que inspira confiança pelos valores que cultua, pela sua forte coesão e pelo comprometimento de cada um e de todos; que aceita desafios, enfrenta o desconhecido, “entrega a mensagem a Garcia”– cumpre a missão.
Parabéns por se inspirarem nos exemplos de Caxias, nosso Patrono!
Continuem determinados, olhando para a frente, fazendo por merecer a confiança que a sociedade em nós deposita e trabalhando “SEMPRE PELO BRASIL”.
Brasília, DF, 25 de agosto de 2014
General de Exército Enzo Martins Peri
Comandante do Exército