Por Luiz Padilha
O Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), Vice-Almirante (FN) Alexandre José Barreto de Mattos e o Coronel Michael Cuccio, representante dos Fuzileiros Navais Americanos concederam no auditório do Comando da Divisão Anfíbia, uma coletiva de imprensa e falaram sobre a Operação UNITAS Amphibious 2015, que teve a participação de 8 Marinhas (Brasil, EUA, Chile, Peru, Colômbia, México, Canadá e Paraguai).
O VA(FN) Alexandre informou que a UNITAS Amphibious ocorreria em 2 fases, com a primeira na Ilha do Governador e a segunda na ilha da Marambaia, destacando a grande oportunidade que todas as Forças teriam em adquirir conhecimento através do treinamento em conjunto, pois as oficinas seriam ministradas por diferentes instrutores de cada país participante, e assim fortalecendo a palavra de ordem que foi: “INTEROPERABILIDADE’.
O Coronel Michael Cuccio perguntado se os fuzileiros americanos iriam passar algum conhecimento, fez questão de ressaltar que os Marines não estavam ali para ensinar e sim para operar em conjunto e que a troca de conhecimento seria mútua entre as 8 Marinhas participantes.
O Coronel Cuccio fez questão de ressaltar a habilidade dos fuzileiros participantes em assimilarem rapidamente as diferentes técnicas utilizadas por cada Marinha e isso em 3 diferentes idiomas. Ao final o Coronel Cuccio afirmou que com a continuidade deste tipo de exercícios, a barreira do idioma será suplantada e agradeceu a receptividade com os Marines foram recebidos pela Marinha do Brasil.
O VA(FN) Alexandre agradeceu a presença da imprensa na cobertura do exercício. “É muito importante mostrar para a sociedade o nosso trabalho, aumentando assim a aproximação da mesma com as FFAAs”.
Na segunda parte que ocorreu no CADIM que fica na ilha da Marambaia, os meios navais envolvidos foram: o NDCC Garcia D’Ávila da MB, o NDCC Papaloapan da Marinha do México e outros meios como CLAnFs e EDCGs. Já os meios aéreos que participaram foram 2 UH-15 Cougar do Esquadrão HU-2, 3 MV-22 Osprey e 1 MH-60S da US Navy e 1 Mil Mi-8 da Marinha do México.
Comando da Divisão Anfíbia
Na área do Comando da Divisão Anfíbia ocorreram vários treinamentos entre os participantes como: Operações Militares em Área Urbana, com técnicas de abordagem tática e inspeção de compartimentos, conduzidas pelo Brasil e Peru; Operações com helicópteros, conduzidas pelo Brasil e Estados Unidos; Operações com Viaturas Anfíbias, conduzidas pelo Brasil e Oficina de Fogo Real, conduzida pelos Estados Unidos e Canadá.
Operações Militares em Área Urbana (MOUT – Military Operations Urban Terrain)
O instrutor peruano passou para os fuzileiros mexicanos, brasileiros, colombianos e canadenses, o modo de operar utilizado pelos fuzileiros da marinha Peruana. Toda a instrução foi feita em espanhol e o entendimento era fácil para uns e difícil para outros. Mas como os procedimentos não são tão diferentes, com a repetição, os objetivos foram alcançados.
Operações Aero-Terrestres
Nesta etapa, componente do esquadrão HU-2 da Marinha do Brasil orientava aos fuzileiros brasileiros, americanos e mexicanos, o modo de embarque e desembarque rápido na aeronave brasileira.
Como as Marinhas envolvidas possuem diferentes tipos de aeronaves, foi preciso passar o “modus operandi” brasileiro, pois os fuzileiros brasileiros treinam a exaustão este procedimento. Foi interessante notar que ao saírem da aeronave, brasileiros e americanos guardam o perímetro de formas distintas. Os brasileiros ajoelhados prontos para um deslocamento rápido e os americanos deitados, reduzindo sua exposição, ou seja, doutrinas diferentes.
Operações com Viaturas Anfíbias
A Marinha do Brasil disponibilizou 4 Carros sobre Lagarta Anfíbio (CLAnf) AAV7 para o treinamento com os fuzileiros participantes. O treinamento consistia de embarcar, desembarcar e navegar. Muitos ali presentes ainda não tinham tido a oportunidade de operar com um AAV7 ou CLAnf.
Após a saída do mar, os CLAnf saem em alta velocidade e, após uma parada súbita, a porta traseira é aberta e os fuzileiros desembarcam velozmente, mais vez guardando o perímetro em volta do blindado.
Oficina de Fogo Real em movimento
Esta última parte do treinamento a que tivemos acesso foi diferente, pois desta vez o armamento empregado usava munição real. Sob a coordenação dos fuzileiros americanos, fomos orientados a seguir os mesmos durante o circuito com cada um de nós sob a vigilância de um Marine, para não corrermos o risco de entrarmos na “linha de fogo”. A área é enorme e a simulação com bombas de efeito moral que reproduziam o som de morteiros “chegando”, deu o tom de realismo ao treinamento.
O exercício começou com os americanos fazendo a primeira rodada. Eles avançavam sob muita fumaça e cada um teve seu desempenho avaliado individualmente por um observador que ficava ao seu lado, com alguns lançando as bombas de efeito moral e de fumaça.
Antes do fim do exercício, ainda assistimos a mais um treinamento onde os fuzileiros peruanos ensinavam suas técnicas de invasão a edificações urbanas contra rebeldes/insurgentes/terroristas.
Ilha da Marambaia – Exercício Tático
A segunda fase do exercício ocorreu com a finalidade de por em prática tudo o que foi exercitado dias antes no Comando da Divisão Anfíbia. O exercício na ilha simulava um incursão anfíbia em ambiente hostil com a finalidade de libertar e dar assistência humanitária à refugiados.
A incursão foi realizada através do desembarque em diferentes áreas na ilha. Cada aeronave envolvida tinha uma zona de pouso onde os MV-22 Osprey, os helicópteros UH-15 do HU-2 e o Mil Mi-8 mexicano pousaram e desembarcaram os fuzileiros para resgatar os refugiados. Os NDCCs Garcia D’Ávila e Papaloapan enviaram os CLAnfs e as EDCG – Embarcação de Desembarque de Carga Geral com fuzileiros para diferentes praias, o que resultou numa incursão simultânea em diferentes áreas, logrando êxito sobre as forças inimigas.
Infelizmente não foi possível ao DAN cobrir a fase do desembarque, pois o mesmo ocorreu as 06:30h e só foi possível para a imprensa chegar ao local após este horário. Mas conseguimos acompanhar o desenrolar do exercício durante o restante do dia na ilha.
As zonas recuperadas pela força de incursão eram mantidas em constante vigilância pelos fuzileiros, dada as precárias condições em que os mesmos vivem. Com a falta de água e alimentos, a população pode começar uma rebelião contra seus libertadores, pois a fome abala todo o equilíbrio emocional do ser humano e cabe aos fuzileiros manter a ordem.
Durante todo o exercício, diversas situações são criadas para levar ao máximo o nível de realismo e cabe ao GRUCON (equipe composta por observadores do exercício), implementa-las, buscando atingir ao máximo as reações das forças de incursão. Todos estavam com uma fita amarela no braço para que pudessem ser identificados durante o exercício.
Dentro do cenário do exercício, refugiados eram resgatados de áreas distantes e trazidos de helicópteros para um centro de triagem, onde eles eram examinados e levados para uma área específica até que toda a situação esteja sob total controle.
A Marinha instalou um sistema de purificação de água semelhante ao que seria usado em qualquer teatro de operações, produzindo água potável para a população e neste caso para todos os fuzileiros presentes ao exercício.
Ao fim do dia, o DAN junto com a imprensa embarca no aviso da MB em direção a Mangaratiba mas não sem antes registrar os dois NDCCs que estavam em nosso caminho.
AGRADECIMENTOS: O DAN gostaria de agradecer à FFE que nos deu total apoio através do CF Arthur e ao 1ºDN através das Tenentes Lara e Luciana, que nos deram total suporte durante o exercício.
Inicialmente, parabéns e obrigado ao Padilha pela excelente cobertura.
A UNITAS Amphibious 2015 serviu para avaliar o nível de adestramento e prontidão dos FN, realizar treinamento com outras Forças Anfíbias trocar informações e táticas, bem como para utilizar os equipamentos em simulações realísticas desse tipo de TO.
O CFN demonstrou que não deve nada aos seus congêneres de outras nações. Claro que, se comparados aos Marines, ainda não temos alguns de seus equipamentos ou experiência real em combate. Porém, a conclusão geral é de que o CFN é uma Força de Pronto-Emprego apta para cumprir sua missão.
Adsumus!
Gostaria de ressaltar o seguinte, é muito bom observar a Marinha através dos seus quadros demonstrarem grau de profissionalismo na elaboração e execução de um exercício deste porte envolvendo vários atores aqui no Brasil. São coisas que evidentemente não passa desapercebido aos participantes do mesmo.
Desta forma elevando o nome da MB lá fora.
Outrossim, felicito o DAN pela boa cobertura.
Grato.
Obrigado
Parabéns pela cobertura e só um pequeno reparo: o MH-60S não é do USMC já que apenas
a US Navy opera com eles e portanto o de modex 615 da foto só pode ter saído do USS George Washington e do esquadrão HSC-4.
OK Mestre Dalton. É que o USS GW estava lá na costa de Santa Catarina que achei pouco provável ele ter saído de lá, mas……corrigindo!
Inicialmente, parabéns e obrigado ao Padilha pela excelente cobertura.
A UNITAS Amphibious 2015 serviu para avaliar o nível de adestramento e prontidão dos FN, realizar treinamento com outras Forças Anfíbias trocar informações e táticas, bem como para utilizar os equipamentos em simulações realísticas desse tipo de TO.
O CFN demonstrou que não deve nada aos seus congêneres de outras nações. Claro que, se comparados aos Marines, ainda não temos alguns de seus equipamentos ou experiência real em combate. Porém, a conclusão geral é de que o CFN é uma Força de Pronto-Emprego apta para cumprir sua missão.
Adsumus!
Padilha, essas munições da foto são as 40mm usada no M-16 ?
Sim
Parabéns pela matéria, obrigada!!! 🙂
Gostaria de ressaltar o seguinte, é muito bom observar a Marinha através dos seus quadros demonstrarem grau de profissionalismo na elaboração e execução de um exercício deste porte envolvendo vários atores aqui no Brasil. São coisas que evidentemente não passa desapercebido aos participantes do mesmo.
Desta forma elevando o nome da MB lá fora.
Outrossim, felicito o DAN pela boa cobertura.
Grato.
Obrigado
Parabéns pela cobertura e só um pequeno reparo: o MH-60S não é do USMC já que apenas
a US Navy opera com eles e portanto o de modex 615 da foto só pode ter saído do USS George Washington e do esquadrão HSC-4.
OK Mestre Dalton. É que o USS GW estava lá na costa de Santa Catarina que achei pouco provável ele ter saído de lá, mas……corrigindo!
Padilha, essas munições da foto são as 40mm usada no M-16 ?
Sim
Parabéns pela matéria, obrigada!!! 🙂
Padilla vc e o cara!
Parabéns DAN, muito bom!
Cobertura sensacional, nível internacional mesmo… DAN melhor site de defesa disparado o mais envolvido e com moral, sem urubus de plantão… Parabéns camaradas Padilha e Wiltgen !
DAN XOU DE BOLA MARAVILHA LINDA COBERTURA E DISSO QUE O BRASIL PRESIÇA VER MAIS COBERTURAS ASSIM PARA QUE O POVO BRASILEIRO TENHA ORGULHO DO NOSSO PAIS PARABÉNS SOU SEU FÃ
Padilla vc e o cara!
Parabéns DAN, muito bom!
Cobertura sensacional, nível internacional mesmo… DAN melhor site de defesa disparado o mais envolvido e com moral, sem urubus de plantão… Parabéns camaradas Padilha e Wiltgen !
DAN XOU DE BOLA MARAVILHA LINDA COBERTURA E DISSO QUE O BRASIL PRESIÇA VER MAIS COBERTURAS ASSIM PARA QUE O POVO BRASILEIRO TENHA ORGULHO DO NOSSO PAIS PARABÉNS SOU SEU FÃ