Por JP Lawrence
Um jato de ataque da Força Aérea dos EUA conhecido pelo apoio aéreo aproximado nas guerras no Iraque e no Afeganistão está sendo enviado para o Médio Oriente, enquanto Israel intensifica as operações em Gaza em resposta à invasão do Hamas.
A chegada dos A-10 Thunderbolt II “Warthog” “apoiará a postura crescente dos EUA” na região, disse um comunicado quinta-feira do Comando Central dos EUA.
O comunicado não informa onde ficarão os A-10, pertencentes ao 354º Esquadrão de Caça, nem quantos foram enviados.
Eles se juntam aos homólogos do 75º Esquadrão de Caça já no Oriente Médio como parte de um destacamento enviado no final de março para a Base Aérea de Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos.
Os EUA enviaram forças militares para a região após uma erupção de combates que começou em 7 de Outubro, quando agentes do Hamas cruzaram a fronteira, massacrando e raptando civis israelitas.
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, ordenou no domingo que o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford se deslocasse para o leste do Mar Mediterrâneo.
Os EUA poderão em breve implantar um segundo porta-aviões, o USS Dwight D. Eisenhower, disseram autoridades de defesa na terça-feira.
A presença de um porta-aviões americano destina-se a dissuadir grupos como o Hezbollah no Líbano e outros grupos apoiados pelo Irã de escalar o conflito com Israel, disseram autoridades da defesa na terça-feira.
Uma unidade de fuzileiros navais dos EUA também encerrou um exercício militar no Kuwait no início do conflito, disse uma porta-voz do Comando Central das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais na sexta-feira.
Os fuzileiros navais, parte da 26ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, abandonaram o exercício “como medida prudente”, disse a Cap. Angelica White.
Analistas dizem que os EUA e o Irã estão envolvidos numa guerra paralela, com os aliados de Washington entrando em confronto com grupos militantes apoiados e financiados por Teerã.
O Irã apoia o Hamas há muitos anos, mas as autoridades norte-americanas dizem que não há nenhuma “arma” que implique o envolvimento de Teerã no financiamento ou no planejamento dos ataques.
Os militares de Israel disseram que mais de 1.300 pessoas em Israel foram mortas nos ataques, de acordo com um relatório da Associated Press na sexta-feira. Pelo menos 27 dos mortos são cidadãos americanos, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, aos repórteres na quinta-feira.
Os EUA não pretendem colocar tropas americanas no terreno em Israel e Gaza, disse Kirby no início desta semana.
Mas os militares dos EUA disseram que estão empenhados em fornecer a Israel o que necessitar para se defender, sem restrições especiais sobre como as armas entregues podem ser usadas contra o Hamas, disse o secretário da Defesa, Lloyd Austin, na quinta-feira.
A declaração veio antes de uma provável ofensiva terrestre de Israel em Gaza. A resposta israelense incluiu até agora uma campanha de bombardeio aéreo que deixou 1.537 pessoas mortas em Gaza, disseram autoridades de saúde em Gaza na quinta-feira.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes