No dia 11 de fevereiro, em meio ao cronograma de atividades da 41ª Operação “Antártica” (OPERANTAR XLI), o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel” recolheu, ao sul da Ilha Trinity, na Antártica, uma boia oceanográfica de deriva, pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que foi utilizado na região por 32 anos.
A boia foi lançada em 1991, no Estreito de Bransfield, e fazia parte de um projeto coordenado pelo Dr. Merritt Stevenson, oceanógrafo pioneiro nos trabalhos do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). A ferramenta tinha a finalidade de efetuar medições das correntes de superfície predominantes na Antártica.
Todos os componentes mecânicos e eletrônicos da boia foram produzidos e integrados pelo INPE. O projeto ao qual o dispositivo pertencia abriu caminho para a implantação do Programa Nacional de Boias na Zona Econômica Exclusiva Brasileira (ZEE). Nesse contexto, pode-se estimar o valor recuperado para a história da ciência no Brasil.
A boia foi avistada pelo Dr. André Belém, da Universidade Federal Fluminense, a bordo do Navio “Silver Endeavour”, no dia 8 de janeiro, durante uma missão de reconhecimento na Ilha Tetrad, a sudeste de Borge Point.