Em uma carta aberta ao governo holandês, mais de 150 cientistas da área de inteligência artificial e robótica pedem o banimento das armas autônomas letais, popularmente conhecidas como robôs assassinos. Essas são armas que podem selecionar e atacar alvos sem um controle humano significativo.
O governo holandês está prestes a rever sua política sobre sistemas autônomos de armas.
Os cientistas expressam sua preocupação com o papel cada vez maior da inteligência artificial no desenvolvimento de armas, em particular os perigos dos sistemas de armas que podem tomar decisões sem um controle humano significativo. Essas armas irão diminuir a barreira para travar a guerra e o medo é que os conflitos aumentem mais rapidamente.
Corrida armamentista
Uma corrida armamentista para desenvolver e produzir armas autônomas já está em andamento. Existem robôs de segurança de fronteira que podem atirar para matar sem intervenção humana. Existem drones que podem bombardear veículos automaticamente com base no reconhecimento de placas. Esta corrida armamentista levará ao aumento das tensões regionais e globais.
Ultrapassando as Salvaguardas Políticas
Miriam Struyk, diretora de programas da PAX, diz: “O apelo de cientistas holandeses no campo da inteligência artificial torna dolorosamente claro que o progresso técnico está ultrapassando as salvaguardas políticas e o estabelecimento de normas. Concordamos com a urgência do apelo dos especialistas. Algo deve mudar politicamente para evitar o desenvolvimento dessas armas autônomas mortais.”
Pedido de proibição
Os cientistas pedem ao governo holandês que desenvolva com urgência um tratado internacional que garanta um controle humano significativo sobre o uso da força. Em outras palavras, a proibição de sistemas que podem ser usados sem controle humano significativo. Como um dos signatários da carta pública, o professor Lambèr Royakkers, da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, a descreve: “É simplesmente desumano deixar a matança de pessoas para as máquinas”.
A iniciativa dos cientistas holandeses segue apelos semelhantes para a proibição na Austrália, Bélgica, Canadá e Noruega. A carta permanece aberta a outros signatários que desejam apoiar a iniciativa.
FONTE: Pax for Peace
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN