Uma família e uma missão: pilotar aeronaves de asas rotativas

O ponto de partida foi Barbacena, cidade no interior de Minas Gerais, a 170 km da capital Belo Horizonte (MG). O destino foi o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7°/8° GAV), esquadrão aéreo da Aviação de Asas Rotativas, sediado na Ala 8, em Manaus (AM). Essa é parte da trajetória dos irmãos Igor e Luan Liguori e do primo deles, Caio Liguori, que fazem parte do Esquadrão Harpia.



Hoje, os três compartilham o gosto pela aviação e pelos helicópteros. O ingresso na Aeronáutica ocorreu a partir da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), como conta o Tenente Aviador Igor Liguori. “Quem entrou primeiro foi o Caio. Apesar de eu saber que ele estava na EPCAR, eu não fui influenciado por isso, mas sim pela cidade. Nós três somos de Barbacena, não tínhamos nenhum parente militar, mas, pela proximidade da escola e, por sabermos da qualidade do ensino, também decidi ingressar na EPCAR”, explicou.

Os tenentes aviadores Caio e Igor Liguori chegaram à capital amazonense em 2017. Já o Tenente Luan Liguori apresentou-se no Esquadrão Harpia este ano. Foi ouvindo as histórias daqueles que chegaram primeiro à Amazônia que o oficial mais jovem teve ainda mais certeza de seus objetivos. “Desde que entramos na Academia [da Força Aérea] conhecemos muitas histórias de como é o 7°/8° e, desde lá, por já querer a Aviação de Asas Rotativas, eu fui me interessando pelo Esquadrão. Meus primos contavam histórias de missão e sobre a união do efetivo e isso incentivou a minha escolha”, disse o Tenente Luan Liguori.

Juntos na mesma Organização Militar, a história desses oficiais mineiros demonstra outro ponto em comum na família: a dedicação. O Tenente Luan Liguori foi o primeiro colocado no curso de formação do Esquadrão Gavião (1°/11° GAV); o Tenente Caio Liguori, o Estagiário Padrão; e, ainda, os três adquiriram boas colocações de saída na Academia da Força Aérea (AFA).

A forma como enxergam suas missões a bordo de helicópteros também são semelhantes. Os militares acreditam que a essa aviação é sinônimo de apoio e de esperança. “É salvar vidas, seja transportando vacinas ou mantimentos, seja fazendo resgates ou uma busca ou, até mesmo, fazendo missões de resgate em combate, tanto pela versatilidade da máquina quanto pelas mais diversas missões que é capaz de realizar”, fala o Tenente Caio Liguori.

A possibilidade de salvar vidas também é destacada pelo Tenente Luan Liguori. “A Aviação de Asas Rotativas, pela característica da máquina, o treinamento e a sinergia da tripulação, é aquela que é capaz de salvar vidas. Isso, para mim, é o mais importante, seja em um acidente aéreo, levando mantimentos, vacinas para alguma população isolada ou alguém que esteja passando necessidade”, ressalta.

Já o Tenente Igor Liguori ressalta as características da aviação de asas rotativas da FAB. “Eu acredito que é sinônimo de esperança, porque, em muitos momentos, nossa aviação é empregada quando a população espera que algo se resolva em momentos de caos, de desordem. A Aviação de Asas Rotativas abrange tanta coisa que é até difícil de simplificar, mas salvar vidas, integrar e defender o território brasileiro é algo muito marcante nessa aviação”, conclui.

Fonte: Ala 8, por Ten Lorena Molter
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Cristiane dos Santos – Revisão: Capitão Landerberger
Fotos: Sargento Emerson Vieira/Ala 8 e Cabo V. Santos/CECOMSAER



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