Objetivo do trabalho é que helicóptero fique ‘invisível’ durante um possível combate. Barulho da aeronave durante os testes incomoda moradores durante a noite.
O barulho provocado durante testes com um helicóptero da Força Aérea Brasileira é alvo de reclamações de moradores em São José dos Campos (SP). A aeronave passa por testes noturnos há 16 dias no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeronáutica (DCTA).
O trabalho com o helicóptero AH2, de fabricação russa, tem o objetivo de deixar a aeronave imperceptível durante um possível combate.
Um equipamento, que fica no hangar, é responsável por medir as emissões infravermelho do helicóptero durante o voo. Na tela do aparelho, a área vermelha é onde a aeronave emite mais calor. Os dados coletados no estudo serão usado para aumentar a segurança da tripulação durante possíveis ações.
“A gente mede o quanto de calor essa aeronave produz, e com essa informação a gente consegue desenvolver técnica e tática de forma a proteger os aeronavegantes que estão na aeronave contra um míssil infravermelho”, explicou o diretor do instituto de aplicações do DCTA, Tenente Coronel Luciano Magalhães.
Com os resultados, é possível descobrir a distância que um míssil oponente conseguiria supostamente atingir a aeronave. Mas o barulho tem gerado reclamações constantes dos moradores próximo do local dos testes, que acontecem durante a noite.
Os voos têm que ser a noite, pois se fizéssemos durante o dia, o sol provoca várias reflexões na terra e nas nuvens que atrapalham os resultados que são medidos. A gente tomou algumas medidas para gente mitigar esse ruído”, completou Luciano.
Os testes terminam nesta quinta-feira (19) e o helicóptero voltará para a sua base em Porto Velho (RO). As atividades são realizadas em São José dos Campos, segundo o DCTA, pela capacidade técnica da equipe.
“Aqui no DCTA reúne grande quantidade de equipamentos que são capazes de fazer essa medição, bem como técnicos. Nossa equipe chega a 30 civis e militares, e são profissionais do mais alto gabarito, com conhecimento no infravermelho para que possa ser feita essa avaliação”, explicou o tenente.
FONTE: G1 Vale do Paraíba e Região