Mesmo após 42 anos de serviço na Força Aérea Brasileira, a frota do treinador T-25 Universal atingiu um recorde histórico neste mês: até o dia 23 de julho, a média de disponibilidade da frota da Academia da Força Aérea foi de 87,24%. Isso quer dizer que dos 42 T-25 utilizados para instrução básica dos Cadetes, pelo menos 36 estavam diariamente disponíveis para voo. No dia 12, a equipe de manutenção conseguiu o feito de alcançar 93% de disponibilidade, com 40 aeronaves prontas para decolagem.
Com 27 anos de experiência na manutenção do T-25, o Suboficial Ronaldo Legui explica que o avião é fácil de trabalhar, mas houve uma evolução na organização do trabalho. “A logística melhorou. A informática ajudou. Foram implantados sistemas que faz com que os suprimentos cheguem quando são necessários”, conta. O Suboficial diz que são realizadas, em média, 250 inspeções anuais em aeronaves da frota e que agora todos os passos têm um planejamento melhor. “A gente consegue liberar a aeronave em menos tempo, fazer um bom trabalho”, completa.
Com um número cada vez menor de aeronaves nas mãos do pessoal de manutenção, o Tenente Aristóteles Alves brinca: “Acho que coisa parecida só foi possível quando os aviões chegaram da fábrica”. O oficial especialista explica que além do trabalho da equipe de 70 militares diretamente envolvidos na manutenção dos T-25, há ainda a participação do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa e de outras unidades que participam da cadeia logística. “Qualquer avião é fácil de manter desde que você tenha um suporte adequado. E é isso o que a gente está tendo”, explica. Ele ressalta ainda a capacitação dos recursos humanos.
O Tenente Rafael Viana, instrutor de voo da Academia da Força Aérea, explica que a maior disponibilidade de aeronaves significa uma maior quantidade de decolagens durante o dia. “A gente consegue otimizar a instrução dos Cadetes”, resume. O T-25 é o primeiro passo na formação dos aviadores da FAB. Todo ano, aproximadamente 100 Cadetes do segundo ano da Academia realizam na aeronave a etapa primária do treinamento aéreo, com 50 horas de voo. No quarto ano, as etapas avançadas são realizadas nos T-27 Tucano.
Fonte: AFA e Agência Força Aérea