Senna 30 anos: FAB homenageia Ayrton Senna

Há 30 anos, no dia 1º de maio de 1994, o Brasil despediu-se de um de seus maiores ídolos: Ayrton Senna da Silva. Mas, ainda hoje, seu legado está presente no cotidiano daqueles que trabalham com determinação e abnegação. A Força Aérea Brasileira (FAB) é repleta de integrantes que baseiam suas ações nesses aspectos.

A relação da Instituição com Senna, entretanto, foi ainda mais direta e rendeu importantes parcerias. Hoje, relembramos alguns momentos que ficaram na história.

Um herói em nossas asas

Era uma quarta-feira, 29 de março de 1989. Amanhecia dentro das instalações do Esquadrão Jaguar (1º GDA), localizado na Base Aérea de Anápolis (BAAN). Mas não era apenas um dia normal. Dois Mirage III do Esquadrão decolavam com o intuito de interceptar e conduzir a aeronave PT-ASN, matrícula que referenciava as iniciais de Ayrton Senna, até o pouso seguro na BAAN. A bordo, o então campeão mundial da Fórmula 1. Naquele dia, o piloto conheceu as instalações da unidade e embarcou a bordo do Mirage III, onde realizou um voo no supersônico, inspirando brasileiros em uma data lembrada com carinho até hoje.

Ayrton Senna havia sido campeão mundial pela primeira vez em 1988. Ele estava no início da temporada de 1989 da Fórmula 1, protagonizada pelo seu duelo com Alain Prost dentro e fora das pistas.

Até o precoce fim de sua carreira na categoria, ainda conquistaria mais dois títulos mundiais (1990 e 1991) e obteria números impressionantes, que fazem com que muitos especialistas o considerem, até hoje, o melhor piloto que já passou pela categoria.

Naquela época, a cada vez que o piloto ostentava a bandeira verde-amarela no ponto mais alto do pódio, milhares de brasileiros se emocionavam junto ao ídolo e orgulhavam-se do país, assim como ele fazia questão de demonstrar.

O Coronel Alberto de Paiva Côrtes, hoje militar da reserva, lembra detalhes do voo que fez com Senna em 1989. “Eu quero sentir a velocidade”, contou o militar sobre o pedido do ídolo das corridas antes do voo.

Em 1987, Ayrton Senna já havia voado nas asas da FAB. Daquela vez, em um caça F-5 do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), sobrevoou o hoje extinto Circuito de Jacarepaguá.

Homenagens

Em 1991, após a conquista do tricampeonato mundial de Fórmula 1 no GP de Suzuka, no Japão, a aeronave em que estava foi interceptada pela FAB e recebeu as boas-vindas.

No dia 3 de maio de 2019, a lembrança do herói brasileiro esteve presente na Base Aérea de Anápolis (BAAN) como 30 anos antes. O Esquadrão Jaguar, o mesmo que voou com Ayrton, recebeu a visita do irmão do tricampeão, Leonardo Senna, para rememorar o voo inesquecível nos céus de Anápolis (GO). Após a adrenalina do voo, outra emoção tomou conta da área operacional da BAAN. Em celebração ao voo do ídolo nacional e aos 40 anos do Esquadrão Jaguar, a aeronave Mirage FAB4940 recebeu uma pintura alusiva ao tradicional capacete do automobilista.

Para aqueles que quiserem conhecer de perto a aeronave em que Ayrton Senna voou em 1989, o Mirage III matrícula FAB 4904 está exposto para visitação no Museu Aeroespacial (MUSAL), localizado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro (RJ). Na fuselagem do supersônico, estão eternizados os nomes dos tripulantes e a data daquele voo, 29 de março de 1989.

Ayrton Senna também foi condecorado pela Força Aérea Brasileira com a Medalha Mérito Santos Dumont, em 1987, e com a Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, Grau Cavaleiro, em 1993.

A Medalha Mérito Santos Dumont é destinada a militares e civis, brasileiros ou estrangeiros, que hajam prestado ou prestarem destacados serviços à FAB, e para distinguir aqueles que, por suas qualidades ou valor em relação à Aeronáutica, forem julgados merecedores dessa condecoração.

A Ordem do Mérito Aeronáutico é destinada a premiar os militares da Aeronáutica Brasileira que tenham prestado notáveis serviços ao País ou se hajam distinguido no exercício de sua profissão, assim como para reconhecer assinalados serviços prestados à Aeronáutica por personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras e, ainda, por Organizações Militares e Instituições Civis, nacionais ou estrangeiras.

FONTE: FAB

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