Segurança de voo – O que fazer quando não há visibilidade para o pouso?

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Militares estão capacitados a desenvolver procedimentos que facilitam a descida de aeronaves em condições de mau tempo.

A Força Aérea Brasileira (FAB) capacitou mais um grupo de oficiais controladores de tráfego aéreo a elaborarem o procedimento Baro-VNAV, que auxilia pilotos a fazerem aproximações e pousos em condições de baixa visibilidade. O curso teve duração de três semanas e foi oferecido pelo Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP).

Segundo o Tenente Tiago Marques Oliveira, um dos habilitados pelo curso, todos os aeródromos possuem um teto de visibilidade, ou seja, a altura mínima que o avião deve estar para que o piloto consiga visualizar a pista. Caso isso não ocorra, devido a condições meteorológicas desfavoráveis, a tripulação pode recorrer ao Baro-VNAV, que diminui o teto.

“No aeroporto de Brasília, por exemplo, o teto é de 500 pés (cerca de 152 metros). Com o procedimento Baro-VNAV, é possível diminuir esse valor para 400 pés (121 metros), aumentando a acessibilidade ao aeródromo. Se não fosse o procedimento, o avião teria que arremeter e aguardar melhora das condições meteorológicas”, explica o Tenente Marques, que atua no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Após a conclusão, os militares estão aptos a criar cartas aeronáuticas que vão orientar os pilotos a como realizar o procedimento em cada aeródromo. Os documentos levam em conta diversos aspectos, como a temperatura média da região e a altitude do aeroporto em relação ao nível do mar.

Segundo o coordenador do curso, Major da reserva José Carlos Coelho, o ICEA é a única organização da América do Sul e Caribe capaz de oferecer esse tipo de formação, o que resulta em uma equipe de controladores qualificados e em melhores condições de segurança à aviação brasileira. “O grande benefício do Baro-VNAV em relação a outros procedimentos semelhantes é o fato de que não há necessidade de equipamentos em solo para ser executado e praticamente todas as aeronaves já vêm de fábrica com o sistema”, destaca.

FONTE: Agência Força Aérea

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