Ministro da Defesa e comandante da Aeronáutica vão divulgar a decisão e parcerias feitas pelo governo brasileiro
A conclusão do processo de compra dos caças para o programa FX foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff
– Eu gostaria de dar aqui uma informação inaugural: eu instruí o ministro da Defesa, Celso Amorim, a anunciar hoje a decisão sobre a compra do FX e sobre a parceria que iremos fazer sobre o FX-2 – disse Dilma.
A presidente informou sobre a decisão durante seu discurso na solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos. Minutos antes de dar a notícia, Dilma citou o presidente francês, François Hollande, dizendo que o colega falou que queria fazer uma parceria com o Brasil não por uma razão “etérea”, mas porque o Brasil será a economia que mais crescerá nos próximos anos, sinalizando que o governo pode ter optado pela empresa francesa.
O escritório que representa o caça sueco no Brasil informou que seus representantes foram convidados para ir ao comando da aeronáutica às 17h30. Eles alegam, no entanto, que ainda não sabem do resultado da concorrência e que outros consórcios que disputam o negócio também teriam sido convidados.
Na comitiva que acompanhou Hollande a Brasília na semana passada, em sua primeira visita de Estado ao Brasil, estavam oito ministros e dezenas de empresários franceses, entre eles, o presidente do grupo Dassault, que concorria pela compra dos aviões por parte do governo brasileiro. Os outros candidatos concorrentes para a aquisição de 36 caças eram a americana Boeing e a sueca Saab.
A polêmica sobre a compra de caças para modernização da FAB iniciou no governo Fernando Henrique Cardoso e continuou no governo Lula. Um dos primeiros atos do governo Lula foi justamente suspender a licitação em curso na época. Depois, a discussão foi retomada no governo.
A divulgação do relatório da FAB, em 2010, apontava pela preferência pela compra do modelo sueco. Na época, houve uma crise no governo já que os militares apontaram que a aeronave sueca Gripen NG (Saab) era mais barata do que o modelo francês,Rafale (Dassault), preferido por Lula.
FONTE: O Globo