Por Virgínia Silveira
Não é por acaso que São Paulo e Curitiba são conhecidas como as maiores cidades industriais da Suécia no mundo e onde também estão os principais investimentos do grupo. “Eu acredito que a presença da indústria sueca no Brasil continuará a se desenvolver, principalmente agora com o Gripen. Como uma companhia direcionada para exportação nós devemos manter o foco no país”, afirmou.
O CEO e presidente da Saab, Hakan Buskhe, estima que o desenvolvimento e a operação da nova geração do Gripen vão absorver mais de US$ 9 bilhões nos próximos 30 anos. Ele calcula que mil novos postos de trabalho estão sendo criados na cadeia aeronáutica sueca e que o mesmo número de engenheiros e técnicos de alta qualificação serão contratados nas indústrias do Brasil.
Na Saab os investimentos em pesquisa e desenvolvimento respondem por 27,5% do faturamento da empresa. Algo em torno de 70% do que produz é exportado. Espinha dorsal da área de defesa na Suécia, a Saab atua nas áreas de comando e controle, sensores, aeronáutica, segurança e armamentos. Este ano retomou suas atividades no mercado naval, com a compra da Kockuns, fabricante de submarinos e navios de superfície.
A Suécia, segundo Wallenberg, tem provavelmente o maior número de empresas per capita do mundo, assim como um alto nível de desenvolvimento tecnológico per capita em relação ao PIB. “A única maneira que encontramos para competir é investir em inovação e expandir a eficiência de custos com tecnologias modernas”, diz. Mais de 50% do PIB sueco, segundo ele, depende das exportações das empresas.
Sobre o Gripen NG e os ganhos da parceria entre a Embraer e a Saab, Wallemberg diz que “será uma oportunidade de crescimento para as vendas e exportações futuras das duas companhias”.
FONTE: Valor Econômico