A Saab diz que estão melhorando as perspectivas de vendas do seu caça Gripen para países como Dinamarca e Canadá, que estão reconsiderando a compra do Lockheed Martin F-35 (Joint Strike Fighter), além de outros que também estão definindo os seus planos de compra de caças.
As vendas do modelo atual do Gripen e do NG, podem exceder 300 unidades nas próximas duas décadas, disse Eddy de La Motte, chefe de Exportações do Gripen.
Um contrato de locação de caças para a Malásia, uma nova venda à Finlândia e um acordo com a Tailândia são possíveis, disse ele em entrevista.
Os fabricantes norte-americanos e europeus de caças de combate, como a Boeing, Lockheed Martin e EADS, estão atuando em vários mercados no exterior e com encomendas domésticas que chegando ao fim, arriscando a ter até o fechamento de instalações de produção. Já o Gripen tem futuro garantido com um acordo entre a Suécia e a Suíça, para desenvolver em conjunto a nova versão, a ser entregue a partir de 2018. “Nós agora podemos oferecer um preço fixo, desempenho fixo e horário fixo”, disse de la Motte, completando: “As perspectivas são as melhores que eu já vi.”
Canadá abriu negociações com a Saab, depois que decidiu em dezembro ver as opções dispoineis no mercado, em meio a preocupações sobre os custos de montagem do F-35. “Nós temos um pedido formal”, disse de la Motte, acrescentando ainda que não tenha sido tomada ainda uma decisão para montar uma campanha de vendas.”O Canadá tem fortes laços com os EUA e estamos realmente avaliando as nossas chances”, completou.
A empresa sueca é mais otimista sobre as perspectivas na Dinamarca, outro parceiro do programa F-35, cujo governo anunciou na semana passada que iria selecionar um avião de combate em 2015. “É o momento ideal”, disse de la Motte.
O Brasil está entre o países que também está considerando o Gripen. Recentemente o governo pediu à Saab e aos demais participantes (Boeing e Dassault Aviation), para ampliar a validade de suas ofertas para além de março, informou de la Motte.
Um contrato de locação para a Malásia pode ser feito através do governo sueco, ao invés de diretamente pela Saab, podendo envolver mais de 20 aviões, disse Eddy. A República Checa, locador atual de Gripens, também está em negociações com a Suécia para estender o uso do caça.
Contratos em andamento, particularmente na Europa Oriental, estão em fluxo por causa de pressões dos atuais orçamentos, disse de la Motte, mas, perspectivas já incluem as vendas para a Bulgária, Croácia e Eslovênia, informou.
A Saab garantiu em fevereiro, 47,2 bilhões de coroas suecas (aprox. US$ 7,32 bilhões), para o desenvolvimento e construção de 60 Gripen NG antes do final do ano, disse o CEO da Saab, Hakan Buskhe. A Suíça planeja comprar 22 Gripens.
FONTE: Bloomberg
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval