Diretor afirma que ‘ainda dá tempo’ de FAB participar do desenvolvimento. Fabricantes do F-18 e do Rafale dizem ainda esperar decisão presidencial.
As três aeronaves são as finalistas do projeto F-X2 para reequipamento e modernização da aviação de caça brasileira, que aguarda decisão presidencial desde 2006. O valor das propostas está entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões, para 36 aeronaves.
Segundo a Saab, a montagem da fuselagem dianteira da aeronave de modelo teste começou na semana passada.
Bengt Janer, diretor da Saab no Brasil, disse ao G1 que o início da produção não impede o Brasil de participar do desenvolvimento, já que os governos da Suíça e Suécia decidiram que o Gripen será o caça que será usado pelos países nos próximos 30 anos.
“Já temos o pedido para 88 aeronaves, sendo 60 para a Suécia, que serão entregues entre 2013 e 2026. A Suíça fechou um pedido em dezembro de 2012 de uma aeronave que passará por uma reformulação. Ainda há tempo para o Brasil participar do programa desde o início se a decisão pelo caça ocorrer em breve”, disse Janer.
O Gripen foi definido como o “preferido” pela FAB em um relatório concluído em 2010 por prever que técnicos brasileiros acompanhassem o processo de criação do modelo, uma versão aperfeiçoada do Gripen E/F, que já está em operação na Suécia, Reino Unido, Índia e Suíça.
F-18 e Rafale na disputa
A divulgação do início da fase de montagem do Gripen ocorre após rumores de que a presidente Dilma Rousseff poderia anunciar, em uma visita marcada para os Estados Unidos em outubro, o F-18 como o futuro caça brasileiro. A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, disse que ainda não foi comunicada de nenhuma decisão, mas acredita na vitória. “Nossa oferta é a melhor, em vários sentidos. O F-18 é o caça com mais experiência em combate”, argumenta.
Em 2009, o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, em visita ao Brasil, disse que o modelo da Dassault seria adquirido após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrar preferência pelo caça francês. Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil, ainda aguarda a decisão. “Infelizmente para nossos concorrentes, o Rafale se mostrou um excelente caça, comprovando sua eficácia nos conflitos no Mali e na Líbia”, afirma ele.
O Ministério da Defesa diz que ainda não há uma definição sobre o escolhido.
FONTE: G1