A PLAN (Marinha do Exército de Libertação do Povo), supostamente está considerando a aquisição de um novo caça furtivo para substituir os caças navais existentes, que se mostraram não confiáveis e inseguros.
A informação do jornal estatal Global Times, diz que existe a possibilidade da PLAN comprar caças FC-31 de “quarta geração” do Instituto de Design de Aeronaves de Shenyang para substituir os J-15 mais antigos
No jargão militar chinês, um avião de “quarta geração” é um avião furtivo com sensores e armas modernos. O resto do mundo refere-se a tais aeronaves como “quinta geração”.
“Múltiplas mudanças e atualizações estão sendo feitas no FC-31, permitindo que ele seja usado em um porta-aviões”, disse o Global Times, segundo uma fonte militar não identificada.
O J-15 é uma cópia construída em Shenyang do russo Su-33. Uma série de falhas mecânicas e quatro acidentes envolvendo J-15 levaram a marinha chinesa a começar a trabalhar em um substituto, informou o South China Morning Post, com sede em Hong Kong.
A Rússia teve seus próprios problemas com seus Su-33s. Em 2005 e novamente em 2016, os Su-33 caíram depois que os cabos não resistiram e quebraram a bordo do porta-aviões (PA) russo Kuznetsov. Os caças não tinham energia para decolar novamente e, em vez disso, mergulharam no mar.
O Global Times e outros veículos de notícias citaram, como evidência do interesse de Pequim em comprar FC-31s, vários pedidos de propostas que o Instituto de Design de Aeronaves de Shenyang publicou, aparentemente para atualizar o FC-31 para as operações em porta aviões.
Shenyang, independentemente, desenvolveu o FC-31 na esperança de vendê-lo para as forças armadas chinesas ou estrangeiras. Isso mudou. “O FC-31 não é mais orientado para a exportação e é destinado ao serviço militar doméstico”, afirmou o Global Times .
O FC-31 bimotor voou pela primeira vez em 2012. Shenyang continuou a aperfeiçoar o modelo, enquanto a força aérea chinesa adquire o caça furtivo J-20 de uma empresa diferente para uso na linha de frente.
Houve especulações no início de que o Shenyang pretendia que o FC-31 tivesse um papel naval. O tipo apresenta o trem de pouso para serviço pesado e o nose wheel duplo que são padrão em aeronaves que operam em porta aviões que devem suportar aterrissagens de alto impacto.
O mesmo trem de pouso volumoso apontava para uma missão naval do avião a jato Tian Ying, da China Aerospace Science and Industry Corporation. Em janeiro de 2018, o Global Times citou um oficial militar anônimo dizendo que o drone operaria a partir dos futuros porta aviões chineses.
Como avião de transporte, o FC-31 poderia enfrentar algumas limitações que incomodaram o J-15. Os dois primeiros porta aviões da China, Liaoning e Shandong, não têm as catapultas como os da Marinha dos EUA.
Em vez disso, Liaoning e Shandong apresentam rampas elevadas que dão às aeronaves um modesto bônus de elevação, à medida que decolam estritamente sob seu próprio poder. As restrições do método de rampa de decolagem impedem que os caças J-15 carreguem cargas pesadas de armas e combustível, limitando sua eficácia em combate. O FC-31 também seria comparativamente ineficaz se a Marinha chinesa embarcasse neste tipo de navios.
Os futuros porta aviões chineses poderão ter catapultas a vapor ou eletromagnéticas. O terceiro PA da China, que desde o início de 2019 estava em construção em Xangai, supostamente tem catapultas.
Quando esse navio entrar em serviço em algum momento da década de 2020, ele poderá ser o primeiro flattop chinês capaz de efetivamente implantar o FC-31. A partir do início de 2019, uma ala aérea chinesa típica possuía até 30 aeronaves, geralmente uma mistura de J-15 e helicópteros. A China está desenvolvendo uma aeronave de alerta antecipado compatível com os PAs, semelhante ao E-2 da Marinha dos EUA.
Na melhor das hipóteses, para a China, os Estados Unidos ainda estariam anos à frente no que diz respeito a colocar caças furtivos em plataformas de transporte. A Marinha dos EUA em dezembro de 2018 certificou seu primeiro esquadrão de caças furtivos F-35C, liberando o esquadrão para operações de rotina.
A Marinha dos EUA poderia declarar o esquadrão pronto para combate em fevereiro de 2019, segundo oficiais militares. O F-35C deve ser lançado pela primeira vez em 2021, na região do Pacífico, a bordo do USS Carl Vinson.
Autoridades chinesas esperam que o FC-31 possa contra-atacar o F-35C e outras aeronaves furtivas americanas. “Apenas um caça de quarta geração pode resistir a outro caça de quarta geração em um combate sem estar em desvantagem significativa”, afirmou o Global Times, citando uma fonte militar não identificada.
FONTE: The National Interest
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN