O novo porta-aviões indiano construído na russia, o INS Vikramaditya, que foi entregue à Marinha da Índia no dia 16 de novembro e suspendeu dez dias depois, tem um grande problema no entanto, ele ainda não está pronto para combater.
Quando o Vikramaditya chegar ao seu porto de origem, no final de janeiro, será sem o seu LRSAM primário, o sistema de mísseis Barak 8. O navio-aeródromo deveria estar plenamente operacional em meados de 2014, mas isso não vai acontecer até que receba o seu sistema de defesa aérea projetado por Israel. Entretanto, o navio está equipado com vários sistemas de defesa de ponto russo AK -630 (CIWS), para defesa contra mísseis anti-navio, bem como os caças MiG-29. Mas os mísseis anti-aéreos de longo alcance são uma parte importante da defesa aérea, e isso está acontecendo como consequência deosproblemas com a gestão do desenvolvimento de tecnologia militar na Índia.
Índia e Israel têm um acordo para desenvolver e fabricar, em conjunto, o novo míssil antiaéreo Barak 8. A Índia quer a versão LRSAM (Míssil Superfície-ar de longo alcance) e enquanto cerca de 70% do trabalho de desenvolvimento tem sido feito em Israel, a Índia é o seu principal cliente (com uma compra no valor de US$ 1.1 bilhão para os seus navios de guerra).
Mesmo a Índia tendo uma marinha maior, ou seja, também será o principal usuário, os dois países dividiram igualmente o custo de desenvolvimento, calculado em US$ 350 milhões. O atraso indiano é por causa de problemas no desenvolvimento de algumas características desejadas pela Índia e alguns componentes indianos do LRSAM . Enquanto o Barak 8 já está sendo instalado em alguns navios israelenses, este ainda não poderá ser instalado no Vikramaditya, até que os dois países resolvam algumas diferenças sobre a transferência tecnologia israelense para a Índia.
Isso também tem sido um problema com outras nações ocidentais, pois o governo indiano não conseguiu mudar as leis proteções de patentes do seus País, para evitar esses problemas. Ao longo dos últimos anos, a Índia descobriu que tinha um grande problema com o LRSAM, pois eles não têm engenheiros suficientes e a burocracia do governo está limitando a velocidade com que dados técnicos israelenses sejam passados para os fabricantes indianos. Além disso, algumas das empresas indianas que foram selecionadas para a fabricação do Barak 8 não possui pessoal ou equipamento para lidar com a fabricação dos componentes do Barak 8.
Enquanto isso, Israel já está fabricando e instalando o novo Barak 8 em suas três corvetas de 1.075 toneladas da classe Saar 5. Isso significa que o Barak 8 estará pronto para ação mais de um ano antes da sua data agendada para entrar em serviço, que seria em 2015.
Acredita-se que Israel esteja adiantando a instalação do Barak 8, porque a Rússia vendeu os mísseis anti-navio de alta velocidade Yakhont para a Síria e o Barak 8 foi projetado para lidar com esse tipo de ameaça.
O Barak 8 também é o sistema de defesa aérea de Israel, com capacidade igual a do Patriot norte-americano, e de sistemas similares, como o SM- 2 dos EUA, o S-300 russos e Aster 15 europeu.
Uma versão melhorada do Barak 8 seria capaz de abater mísseis balísticos de curto alcance, o míssil pesa 275 kg, possui uma ogiva de 60 kg e alcance de 70 Km.
A míssil tem o seu próprio buscador, que é invulnerável a maioria das contramedidas. Os mísseis são montados em um container de três toneladas contendo oito células (que requer pouca manutenção) com lançamento vertical. O compacto módulo de controle de fogo pesa menos de duas toneladas, para facilitar a sua instalação abordo de um navio.
Os mísseis Barak 1 originais foram introduzidos na década de 1980 e também são utilizados pela Marinha indiana. Cada Barak 1 pesava 98 kg e tinha uma ogiva de 21,8 kg. Estes mísseis também eram montados em um recipiente de oito células. O sistema de radar fornece uma cobertura de 360 graus e os mísseis podem derrubar um míssil a 500 metros de distância do navio. Elel tem um alcance de 10 km, e também é eficaz contra aeronaves. A Índia comprou mais de US $ 300 milhões desses sistemas.
FONTE: Strategy Page
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval