Para comemorar a Semana da Caça, a Força Aérea mostra, em uma série de reportagens, todos os passos para quem quer fazer parte dessa aviação
“Eu era criança quando visitei o Portões Abertos da Base Área de Santa Maria (RS), cidade onde morava. Lá fiquei impressionado com as aeronaves que estavam em exposição, como o caça A-1. Naquele dia, decidi que queria me tornar um piloto de caça”. O depoimento é do estudante Lucas Silveira Alves, do terceiro ano da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), localizada em Barbacena (MG).
A EPCAR é uma instituição de ensino que tem a missão de preparar os futuros oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB). A preparação compreende o ensino médio, além da formação militar, moral e cívica. A entrada na escola se dá por meio de concurso que é realizado uma vez por ano, geralmente no mês de agosto, para estudantes de 14 a 19 anos. A seleção consta de provas de Língua Portuguesa, Matemática, Inglês e Redação. Anualmente são oferecidas 180 vagas. No ano passado, a concorrência foi de 51,71 por vaga. Quem já tem o ensino médio, passou um pouco da idade e quer se tornar piloto de caça da FAB pode prestar o concurso diretamente para a Academia da Força Aérea.
“Eu descobri a escola por meio do meu pai, que é Oficial Especialista da FAB. Para poder prestar o concurso, me preparei com aulas em um curso preparatório em minha cidade e, além disso, estudava diariamente em casa. Pode ter certeza que todo esforço feito para chegar aqui vale muito a pena”, ressalta o estudante.
Na escola, os alunos têm aulas pela manhã e pela tarde. Eles exercem diversas atividades, que variam de estudo, prática de educação física e instruções militares. “Além das atividades normais do curso, participo da Cadeia de Liderança do Corpo de Alunos da EPCAR, exercendo a função de líder de esquadrilha do Primeiro Esquadrão, auxiliando os oficiais na formação dos alunos”, explica Lucas.
Para chegar a ser piloto de caça, depois da EPCAR, o aluno precisa passar por quatro anos na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP). Ao final do curso, somente os que tiverem melhor desempenho passam a fazer parte dessa aviação. Em seguida, eles vão para Natal (RN), onde passam um ano fazendo curso de formação. Ao todo, cerca de 30 a 35 pilotos de caça se formam por ano. São esses profissionais que têm a missão de defender a soberania do espaço aéreo nacional.
“O que me atrai na aviação de caça são as aeronaves, a tecnologia embarcada, a performance dos caças e a possibilidade de realizar treinamentos que exigem do piloto o seu máximo. Quero poder contribuir para a nobre missão de defender o País”, conclui o estudante.
FONTE: Agência Força Aérea