Para incorporar o tema deste ano, está exibido na cauda e parte dorsal do Hornet, 13 flocos de neve que representam as distintas províncias do Canadá e territórios, criado pelo veterano diretor de design gráfico Jim Belliveau, do 410 Squadron em Cold Lake, Alberta, cada floco de neve representa também um tema original do norte.
A presentação no Brasil foi realizada pelo Capitão Patrick “Paco” Gobeil, que se graduou pelo Centre Québécois de Formation Aéronautique (CQFA, Chi-coutimi) em 1995, entrando para a RCAF dois anos depois, recebendo suas asa de aviador em 2000.
Em 2001, foi transferido para Moose Jaw como instrutor de voo na 2 CFFTS (2 Canadian Forces Flying School), onde acumulou mais de 500 horas de voo de instrução em aeronaves turbo-hélice CT-156 Harvard II. Em 2003 foi selecionado para fazer parte do Snowbird, onde permaneceu até 2007 quando realizou o curso de líder de esquadrilha, sendo tranferido para o 410 Squadron em 2009. O Captitão Gobeil possui mais de 4.000 horas de voo, sendo que aproximadamente 3.000 HV em aeronaves militares de alta performance.
Antes do início da apresentação, acompanhamos o trabalho do pessoal de apoio, que realizou todo o check externo pré-voo e já conectou a aeronave ao APU, enquanto era também realizado o check de instrumentos.
Logo após, nos dirigimos para a cabeceira da pista 02C para acompanhar a decolagem bem de perto, uma vez que o tempo colaborou e neste momento já não chovia mais.
A posição nos proporcionou uma visão privilegiada da taxiway C e conseguimos registrar ótimas imagens da aeronave taxiando, que contou com a coloboração do “Paco”, que posicionou seu CF-18 para transformar o nosso espaço no melhor “spotter point”.
Acelerando seus motores turbofans GE F404, o CF-18 correu a pista com o after burner ligado, deixando pra trás uma belo spray de água para, na sequência, efetuar uma decolagem de tirar o fôlego, caprichando no acentuado ândulo de subida, praticamente colocando a aeronave numa decolagem vertical e, antes mesmo de recolher o trem de pouso, mostrou toda a sua manobrabilidade.
Durante aproximadamente 18 minutos, o Capitão Patrick Gobeil, conseguiu prender a atenção de todos com manobras dos mais variados tipos e estilos, mostrando nitidamente a reserva de potência da aeronave, recuperando com muita facilidade a velocidade, mesmo quando em curvas com acentuado “G”.
Realizou ainda várias passagens baixas, com reduzida velocidade e na sequência, passagens em alta velocidade terminado em subidas verticas, seguidas de tonneau. Numa destas passagens baixas, o CF-18 formou o cone subsônico (sonic boom), que são ondas de choque que se originam no nariz do avião, nos bordos de ataque das asas e na parte terminal da fuselagem, porém, essas ondas por serem forte o suficiente para produzir danos materiais no solo, como quebra de vidros, rachaduras em paredes dentre outros, não foi por razões óbvias, quebrada pelo piloto.