Para cumprir suas missões, as Forças Armadas precisam de condições, tais como preparo do efetivo e equipamentos. A evolução constante da tecnologia traz a necessidade de atualização ou substituição desses equipamentos e capacitação de recursos humanos.
Para a Força Aérea Brasileira (FAB), o ano de 2015 foi marcado por conquistas na área de reaparelhamento.
KC-390
Em fevereiro foi realizado o primeiro voo do protótipo da aeronave KC-390. O avião decolou da pista da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP) e voou durante uma hora e 19 minutos sobre uma área de fazendas no interior de São Paulo.
“O KC-390 será a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania”, disse na ocasião o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.
GEIV
No dia 8 de julho teve início a integração do sistema do Projeto I-X, que prevê o desenvolvimento das a eronaves de inspeção em voo. Um jato executivo Embraer Legacy 500 passou a ser modificado para a nova configuração de aeronave-laboratório da FAB.
O projeto objetiva o desenvolvimento e aquisição de seis aeronaves para substituir a atual frota do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). A primeira delas será entregue em maio de 2016 e a última em novembro de 2017.
O GEIV é responsável por medir, aferir e calibrar equipamentos auxiliares à navegação aérea instalados em aeroportos de todo o País. Com mais precisão e confiabilidade nas inspeções, o maior ganho é da sociedade brasileira, que vai dispor de serviços de apoio à navegação aérea mais seguros.
GRIPEN NG
No dia 29 de julho, Brasil e Suécia chegaram a um acordo para assinatura do contrato de financiamento do projeto Gripen NG. A aprovação final no Senado Federal aconteceu no dia 5 de agosto.
A transferência de tecnologia é um dos aspectos mais importantes do acordo. Os engenheiros e técnicos daqui vão atuar em áreas inéditas para os profissionais brasileiros.
Já em outubro, Brasil e Suécia estabeleceram procedimentos para certificação dos novos caças pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e o Swedish Military Aviation Safety Inspectorate (FLYGI).
Em junho, mais de 10 mil brasileiros conheceram um pouco mais sobre o avião. Uma maquete do Gripen NG foi exposta na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
P-95 BANDEIRULHA
No dia 15 de setembro, a FAB recebeu o primeiro P-95 Bandeirante Patrulha (Bandeirulha) modernizado. A aeronave é empregada pelo Esquadrão Phoenix (2º/7º GAV), localizado em Florianópolis (SC). No total, a FAB terá oito unidades atualizadas.
O processo de modernização, realizado no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), ampliou a capacidade operacional do avião empregado na patrulha marítima.
Agora os aviões conseguem acompanhar até 200 alvos simultaneamente, realizar mapeamento de terrenos e detectar aeronaves, entre outras funcionalidades. Os novos sistemas de navegação oferecem maior precisão, o que é fundamental para uma aeronave que voa sobre o mar. Os sistemas de comunicação também foram substituídos.
H-36 CARACAL
No início de dezembro, foi assinado um termo aditivo ao contrato de aquisição de helicópteros de médio porte com o consórcio Airbus Helicopters/Helibras. Ao todo, o contrato prevê a entrega de 50 unidades para as três Forças Armadas.
Já no dia 16 de dezembro, foi concluído o recebimento da primeira unidade do helicóptero H-36 Caracal na versão operacional.
A versão já está sendo operada pelo Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), em Belém (PA) e traz uma potencialidade inédita para a Aviação de Asas Rotativas no Brasil: possui sistema de reabastecimento em voo. A capacidade possibilitará ampliar o raio de ação para missões, como o resgate de pessoas no mar.
Em agosto, um dos cinco simuladores do H-36 existentes no mundo passou a ser utilizado por pilotos da Marinha, do exército e da FAB no Rio de Janeiro. O equipamento possui o máximo de correspondência possível com a realidade. A utilização do simulador permite a capacitação dos pilotos com mais economia.
FONTE: FAB