Reestruturação da FAB
A Força Aérea Brasileira dará nos próximos meses relevantes passos rumo a sua profunda mudança estrutural.
Neste momento, serão necessários o entendimento e o compromisso plenos das senhoras e dos senhores, de todos os postos e graduações, para tornar possível a execução das modificações, necessárias para capacitar a nossa Força Aérea para os desafios do futuro.
Daqui a 25 anos, a FAB completará 100 anos de existência e, longe de ser uma data longínqua, trata-se de um marco que precisa ser alcançado com ações desenvolvidas desde já. É responsabilidade de todos nós, hoje, pavimentar um futuro do qual todos iremos nos orgulhar.
Os estudos para a reestruturação foram iniciados em 2015, por um grupo por mim indicado. Em uma segunda fase, a equipe foi ampliada com a participação de representantes de todos os Órgãos de Direção Setorial, convivendo com a realidade da Força, resultando em um estudo preliminar. Então, em uma terceira fase, foram pesquisadas, estudadas e identificadas soluções para detalhar os conceitos propostos e consolidar o programa de reestruturação.
Agora, é chegada a quarta fase.
É o momento de iniciarmos a execução das ações identificadas no programa de reestruturação. As lideranças, em todos os níveis, devem ter um alto comprometimento em atuar diretamente nessas tarefas, além de instruir e motivar seus subordinados. Cabe a cada segmento de nossa Força Aérea, agora, a viabilização da referida proposta, no que concerne a sua área de atuação e à apresentação de possíveis adequações na estrutura do seu órgão.
As mudanças, que serão explicadas adiante, envolverão parte significativa do efetivo. Porém, desde já, é relevante ressaltar que tudo ocorrerá de forma gradual.
Assim, dirijo-me às senhoras e aos senhores com o propósito de tornar claro os próximos passos, no que tange a extinções, desativações, criações, transferências e subordinações de organizações.
EXTINÇÕES E CRIAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES A SEREM EFETIVADAS ATÉ 31 DEZ 16
a) O COMGAR e o COMDABRA se tornarão, respectivamente, o Comando de Preparo (COMPREP) e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), ambos comandados por Tenentes-Brigadeiros.
b) A SEFA passará a ter suas responsabilidades ampliadas, incluindo atividades administrativas.
c) A DIRINT se tornará a Diretoria de Administração (DIRAD), subordinada à SEFA.
d) As ALA 1 (AN), ALA 2 (NT), ALA 3 (GL), ALA 4 (CG), ALA 5 (CO), e ALA 7 (MN) serão criadas, todas comandadas por Oficial-General, mantendo sob sua subordinação as Unidades Aéreas e de Aeronáutica sediadas.
e) Os GAP tipos A, B e C serão criados.
f) Os V COMAR, VI COMAR e VII COMAR serão extintos, tendo suas atribuições e responsabilidades redistribuídas para outras organizações.
g) As I FAE, II FAE, III FAE e V FAE serão extintas e suas atribuições serão absorvidas pelo COMPREP e pelas ALAS.
Obs. 1: Os I COMAR, II COMAR, III COMAR e IV COMAR serão mantidos até 31 dez 2017, quando serão extintos. Neste período, as BABE, BAFZ, BARF, BASV, BASP e BAST mantêm as suas subordinações aos respectivos COMAR.
Obs. 2: Os comandantes, ainda em comando, serão designados para outros cargos.
DESATIVAÇÕES DE OM A SEREM EFETIVADAS ATÉ 31 DEZ 16
a) As BAAN, BANT, BAGL, BACG, BACO e BAMN serão desativadas e substituídas pelas respectivas ALAS.
b) O 1º/16º GAv será desativado. Futuramente, será reativado em Anápolis, operando a aeronave F-39 Gripen.
Obs.: Os comandantes, ainda em comando, serão designados para outros cargos.
TRANSFERÊNCIAS DE UAé A SEREM EFETIVADAS ATÉ 31 DEZ 16
a) Transferência do 2º/7º GAv de Florianópolis para Canoas.
b) Transferência do 1º/6º GAv de Recife para Anápolis.
c) Transferência do 3º/8º GAv da BAAF para BASC.
Obs.: Quanto ao 3º ETA e ao 4º ETA está em curso um estudo relacionado a um melhor aproveitamento operacional, levando em conta a junção de ambas as unidades aéreas.
SUBORDINAÇÕES DE OM A SEREM EFETIVADAS ATÉ 31 DEZ 16
Além da subordinação das Unidades Aéreas e de Aeronáutica sediadas nas ALAS, há que se considerar ainda:
Fica subordinado à ALA 1 – CPBV.
Ficam subordinados à ALA 2 – ETA 2; e 1º/8º GAv.
Ficam subordinados à ALA 3 – BASC e suas UAé; BAAF; 1º/7º GAv; e ETA 4.
Ficam subordinados à ALA 5 – BASM e suas UAé; e BAFL.
Ficam subordinados à ALA 7 – BAPV e suas UAé; BABV e suas UAé; ETA 1; e 3º/7º GAv.
Fica subordinada ao GABAER – BABR e suas UAé.
Fica subordinado à BABR – BINFAE-BR.
As BAFL e BAFZ terão seus efetivos reduzidos, adequando-se à nova realidade.
A cidade de Anápolis assistirá, ainda, à formação de um grupo de extrema relevância estratégica para a FAB: o Grupo F, que será criado ainda em 2016, atuando na implantação dos caças F-39 Gripen.
Tais medidas foram profundamente estudadas por um grupo de oficiais-generais e são consideradas cruciais para as ações de reorganização, padronização e melhoramento dos processos administrativos e operacionais da Força. O objetivo é simplificar e modernizar a estrutura organizacional, administrativa e operacional, além de aperfeiçoar a gestão dos efetivos.
Os objetivos, metodologias e passos foram fundamentados em estudos completos. Não tratamos de gerenciamentos personalistas ou com foco em interesses individuais.
É importante, neste momento, que todos percebamos a natureza institucional de cada decisão, com vistas, unicamente, ao futuro da Força Aérea Brasileira. Nossas ações, hoje, terão seus positivos efeitos, ainda mais expressivos, para aqueles que haverão de nos suceder. A reestruturação visa contribuir para o cumprimento da missão em sua plenitude.
A FAB deve construir suas capacidades no longo prazo, com o propósito de superar seus desafios no futuro. E, para tanto, as senhoras e os senhores são fundamentais para tornar possível o sonho de, em 2041, chegarmos aos nossos 100 anos de existência como exemplo de uma força operacional, profissional e de extrema eficiência e eficácia no cumprimento de suas missões”.
FONTE: Cecomsaer