Por Thiago Gomes
As Forças Armadas executarão, dentro de mais algumas semanas, a nona edição da Operação Ágata, realizada periodicamente no País sob a coordenação do Ministério da Defesa. Desta vez, a ofensiva deverá cobrir toda a extensão da fronteira oeste do País, combatendo os chamados crimes transfronteiriços, tais como narcotráfico, contrabando de armas, munições e veículos, descaminho, crimes ambientais e garimpos ilegais.
A área de operações deverá compreender, principalmente, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que representa cerca de 2.500 quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.
Na última semana, o Ministério da Defesa designou o comandante Militar do Oeste para exercer a função de comandante da Área de Operações Oeste, na realização da Operação Ágata 9. A ação deverá acontecer já sob a coordenação do general de exército Paulo Humberto César de Oliveira, nomeado ontem para assumir o Comando Militar do Oeste (CMO), em lugar do general Juarez Aparecido de Paula Cunha. A troca de comando acontece em abril.
INTERAGÊNCIAS
Além do Exército, Marinha e Aeronáutica, participarão da operação as polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, e diversas agências governamentais, como o Ibama, Receita Federal, Iagro, Agência Brasileira de Inteligência e Funai.
Deflagrada pela primeira vez em agosto de 2011, como parte do Plano Estratégico de Fronteiras, destinado a reforçar a presença do Estado nas regiões de fronteira, a Operação Ágata já cobriu, ao longo de oito edições, toda a extensão da fronteira terrestre.
No ano passado, em decorrência da Copa do Mundo, foi realizada somente uma edição, a Ágata 8, cobrindo toda a extensão da fronteira com os dez países sul-americanos, o equivalente a 16.886 quilômetros. A ação mobilizou cerca de 30 mil militares. A Ágata é a maior mobilização realizada do Estado no combate aos ilícitos de Norte a Sul do país, entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS).
FONTE: Correio do Estado (MS)