Recife, 29/01/18 – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve nesta segunda (29), no Recife (PE), para instalar o primeiro Comitê Empresarial da Indústria da Defesa (Comdefesa) do Nordeste. “O setor ainda está muito concentrado no Sul e Sudeste do País. O Ministério vem buscando tanto quebrar o monopólio em torno de poucas empresas, como também descentralizar a base para outras regiões do Pais. E esse Comitê é um importante passo para isso”, destacou o ministro, durante a solenidade na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE).
Para Jungmann, a instalação do Comitê irá ajudar a consolidar o estado como um polo de desenvolvimento. “O Ministério da Defesa está trabalhando para modernizar o setor. E Pernambuco, com esse passo do governo do estado e da FIEPE, vem ajudar de forma decisiva na religação desse objetivo”, afirmou./p>
De acordo com o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, além das oportunidades de negócios, a ideia do Comdefesa é agregar valor às cadeias produtivas, promover a competitividade e incentivar o avanço tecnológico das empresas locais. “Assim como explorar o potencial do parque industrial do estado na produção de bens para a defesa, a partir de pequenas alterações em processos, produtos ou serviços”, disse, acrescentando que o setor está focado em atrair novas parcerias e conhecimento, estimulado o aumento da competitividade da indústria local.
Depois de a Ruag – multinacional suíça do setor de defesa – ter anunciado investimento de 15 milhões de euros para implantação de sua fábrica, em Pernambuco, o setor industrial quer identificar ainda mais efetivas oportunidades de negócios entre as Forças Armadas e as indústrias locais.
Além de atender o mercado local, o ministro defende que esse movimento favorece a pauta de exportações de produtos de defesa, com reflexos positivos na balança comercial do País.
“Para cumprir esta missão de descentralizar a indústria da defesa, estamos trazendo várias indicações, entre as quais uma linha de financiamento do BNDES voltada para esse setor e a garantia também do financiamento por fundos regionais” explicou Raul Jungmann, reconhecendo que o governo de Pernambuco também está fazendo a sua parte com os incentivos do Prodepe, o programa de apoio à indústria.
Jungmann destacou ainda que o Parque Tecnológico Porto Digital, instalado no Recife, também será um importante diferencial para que tenhamos sucesso na implantação deste novo pólo industrial no estado.
O Comdefesa será responsável pelo mapeamento das indústrias locais, com potencial de fornecimento, e pelo cadastramento das empresas do estado e a catalogação de seus produtos, nos órgãos do Ministério da Defesa e nos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).Estão previstas também ações mais incisivas como realização de eventos regionais, acompanhamento das oportunidades de negócios, orientação jurídico-legal, além da divulgação e difusão das ações e atuação em estratégias integradas para inserir novas empresas no setor. “Tudo realizado com uma forte parceria com as Forças Armadas, com o objetivo de aumentar as compras do mercado local”, afirmou o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger.
O Comitê será presidido por José Antonio de Lucas Simon, do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), e o empresário Bruno Veloso será o vice-presidente. Será composto ainda por outros empresários da indústria, membros do governo estado, como o presidente da AD DIPER, Leonardo Cerquinho, e representantes das Forças Armadas.
A solenidade contou ainda com as presenças do vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, do secretário de Produtos da Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basílio e de representantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira.
Comitê da Indústria de Defesa e Segurança é lançado em Goiás
Na última sexta-feira (26), na Casa da Indústria, em Goiânia, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA) lançaram o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (COMDEFESA-GO).
A iniciativa irá apoiar na identificação de oportunidades de negócios para que empresas goianas possam atender demandas de diversos produtos e serviços relacionados às Forças Armadas e às forças de segurança. A ideia é que, no futuro, seja criado um polo que deverá contribuir para a ampliação e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa Brasileira.
O comitê será composto por representantes de dezenas de sindicatos filiados à FIEG, representantes de entidades setoriais ligadas à cadeia produtiva do setor e instituições de ensino e pesquisa.
O coronel Luis Felipe Garcia Fernandes e o capitão-de-corveta Carlos Cesar Romaskevis representaram a Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social (Ascom)