Como sobreviver em um ambiente de temperaturas polares? Para responder a essa pergunta, sete militares do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), unidade da Força Aérea Brasileira que presta apoio logístico aéreo ao Programa Antártico Brasileiro, realizaram um exercício de sobrevivência em El Colorado, a cerca de 700 km ao sul da capital do Chile. O curso foi ministrado pela Força Aérea Chilena.
“O mais básico para eles, é muito importante para nós”, explica o Capitão Diego Nascimento de Oliveira, comparando as diferenças climáticas entre o Rio de Janeiro, onde o Esquadrão Gordo é sediado, e o clima da Cordilheira dos Andes no sul do Continente Americano.
Os militares aprenderam duas técnicas sobre como construir abrigos,
Para verificar o grau de oxigênio dentro do iglu, eles mantêm duas velas acesas. “Enquanto tiver ar, elas queimam. Se apagarem, precisamos sair”, afirma.
A outra técnica de abrigo é mais simples. Consiste em cavar um buraco na neve e cobrir com lona. “Mas não fica tão quente como no iglu”, compara o Capitão Diego, que fará o primeiro voo para o continente gelado em outubro.
Além das técnicas de sobrevivência no gelo, os militares realizaram exercícios de deslocamento na neve, utilizando botas, raquetes e ski. “Recebemos várias instruções teóricas e realizamos treinamentos práticos de ensinamentos que podem ser fundamentais na eventualidade de um acidente ou permanência em locais de baixas temperaturas”, relata o piloto, que integra o Esquadrão Gordo desde 2012.
Assista ao FAB em Ação e compreenda os desafios de voar no continente gelado para prestar apoio logístico ao Programa Antártico Brasileiro: