Por Guilherme Wiltgen
A Marinha do Brasil (MB) assinou um contrato de R$ 60 milhões (US$ 27 milhões) com a Avibras, para desenvolver uma nova versão do míssil ar-superfície (MAS) Exocet AM39 B2, produzida pela MBDA, empresa europeia controlada pela Airbus Group, BAE Systems e Finmeccanica.
O míssil será empregado nos oito helicópteros UH-15A Super Cougar, que estão sendo produzidos para a Marinha do Brasil pela Helibras, dentro do programa H-XBR, que prevê o fornecimento de 50 EC725 para as três Forças.
O UH-15A é a versão do EC725 com capacidade de realizar esclarecimento e ataque em missões de guerra de superfície (ASuW) e, segundo disse o presidente da Helibras, Eduardo Marson, “A versão naval do EC725 não existe em nenhum lugar do mundo. O modelo tem grande potencial de exportação para vários países”.
O Sistema de Gestão Tática de Dados para os oito helicópteros UH-15A foram desenvolvidos no Brasil pela ATECH (Embraer) e a Cassidian (EADS).
Patrick La Revelièr, vice-presidente de vendas para a América Latina da MBDA, disse que “o motor está sendo produzido totalmente no Brasil e estará pronto para testes na meados de 2016”, revelando também que o AM39 terá 50% de conteúdo nacional, além do motor feito no Brasil.
O Exocet na Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil iniciou a sua experiência no emprego do Exocet no final da década de 70, quando da aquisição das Fragatas Classe Niterói, que utilizavam a versão MM38. Posteriormente a MB passou a utilizar o MM40 (Fragatas e Corvetas) e o AM39 (Helicóptero).
O AM39 (Air-Maire) foi utilizado durante muitos anos nas aeronaves SH-3A Sea King, do Esquadrão HS-1, como seu armamento ASuW e agora, após a retirada destas aeronaves de serviço, o AM39 B2 vai ser a principal arma utilizada no UH-15A Super Cougar, se tornando um dos principais, e mais poderosos, braços armados da Esquadra brasileira
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