A Marinha dos EUA tem identificado “várias iniciativas específicas sobre o convés de voo” nos navios de assalto anfíbio desembarque doca helicóptero (LHD), em serviço que terão de acontecer para uso do F-35.
O almirante Jonathan Greenert, chefe de operações navais, reconheceu que as modificações nos navio da classe Wasp foram concebidas para acomodar a variante de decolagem e pouso vertical do F-35 Joint Strike Fighter (JSF).
“Fizemos algumas modificações no Wasp“, disse Greenert em uma coletiva de imprensa durante a Exposição Marítima Internacional de Defesa (IMDEX) Asia 2013, em Cingapura.
Oficiais da Marinha dizem que as modificações “são destinadas para compensar o aumento do stress associado com o saída de gases do motor do JSF. Os padrões de escape e as características de vôo do F-35 obrigam a blindagem, transferência e remoção de sistemas vulneráveis que poderiam sofrer danos durante as operações de vôo, tais como antenas, botes salva-vidas, redes de segurança e postos de combustível JP-5.”
Além disso, a Marinha diz: “A assinatura de calor única do F-35 exigiu reforços do convés de voo para aliviar o stress do calor do jato, bem como modificar o revestimento convés de vôo para reduzir a erosão causada pela exaustão do jato associada ao aumento de pressão. As modificações nos sistemas específicos que são exclusivos para o F-35 também vão exigir a instalação de novos reguladores de tensão e retificadores. O maior envelope possível de missões associadas ao F-35 também têm exigido um maior paiol de munições assim como sistemas que facilitam o aumento da entrega de material bélico e equipamentos de apoio associados. “
Algumas das modificações detalhadas incluem realocação ou blindagem de sistemas como o Phalanx e o Rolling Airframe Missile e lançadores de mísseis NATO Sea Sparrow além de proteção extra dos postos de abastecimento.
A antena A-8 WSC satcoms também será movida e o sistema de formação de espuma de película aquosa (AFFF) também será expandida.
Essas mudanças confirmam que a Lockheed Martin e a Marinha emitiram declarações errôneas no início de 2010 sobre os efeitos ambientais do escape do F-35B. Naquela época, um porta-voz da empresa disse que “testes extensivos” havia mostrado que “a diferença entre a temperatura de exaustão dos motores principais do F-35B e dos AV-8B era muito pequena, e não se previa a necessidade de quaisquer mudanças significativas nos navios para a operação do F-35B. “
A Marinha não divulgou quanto tempo vai demorar para implementar as modificações em toda a frota de LHD /LHA. A programação do F-35B prevê que a primeira unidade de F-35B Marinha, o VMFA-121, estará pronta para a “operações de contingência” até o final de 2015. No entanto, não há data certa para um segundo esquadrão.
A missão do VFA-121 e outras unidades de F-35B ainda é incerta. Das armas integradas pelo software Block2B/3I, somente a bomba guiada à laser é considerada útil para o apoio aéreo aproximado (CAS), que é a principal missão do AV-8BS embarcado, e nenhuma das armas do 2B são adequados para usar contra alvos movendo-se rapidamente o que é uma situação aonde o risco de efeitos colaterais é elevada (O pod de canhão central não está incluído no 2B/3I).
O F-35B não tem o Rover (receptor remoto de vídeo), tecnologia desenvolvida desde quando o requerimento inicial da aeronave foi escrito. O Rover tem sido definido como equipamento mínimo essencial para CAS, em alguns teatros de operação, de acordo com algumas fontes militares, os fuzileiros têm explorado a ideia de acrescentar um pod de direcionamento externo Rover equipando o F-35B até que uma solução interna esteja disponível.
Ao mesmo tempo, a Marinha diminuiu sua taxa de produção F-35B/C planejada em 20%, de acordo com o mais recente Relatório de Aquisição e Seleção do Pentágono, resultando em uma maior vida útil prevista para os AV-8B. De acordo com um briefing da Boeing na semana passada, “a maioria” dos 134 Harrier dos Marines vai estar em serviço em 2027, e ele não será aposentado antes de 2030. Atualizações do radar e outras estão sendo estudadas para manter o avião de combate digno e evitar a sua obsolescência.
FONTE: AviationWeek
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval