A maquete do novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB) deixará os gramados da Esplanada dos Ministérios e “pousará” em outras cidades brasileiras. A informação foi dada, nesta sexta-feira (12), durante a visita da secretária-geral do Ministério da Defesa (MD), Eva Chiavon, ao estande onde está exposta uma réplica da nova aeronave de combate, o Gripen NG.
Em conversa com os jornalistas, a secretária do MD afirmou que é um excelente projeto, com alto valor agregado, que transfere tecnologia para o Brasil. “Nós queremos gerar emprego, e assegurar a tecnologia feita por brasileiros e brasileiras”.
A secretária foi recebida pelo capitão Gustavo de Oliveira Pascolatto, um dos militares da Aeronáutica que esteve em treinamento na Suécia. Segundo ele, o caça que será produzido no país possui características mais avançadas como radar, aumento de detecção de alvos, uma varredura de visão de 260 graus.
“É um ganho extremamente significativo que vem ao encontro das necessidades do Brasil, com uma autonomia em voo de até duas horas, somada com a capacidade de reabastecimento em voo, além de operações simultâneas ar-ar e ar-solo e aumento de armamento bélico”, disse capitão Gustavo.
O aviador esteve em treinamento na Saab, fabricante sueco do caça, durante seis meses. Neste tempo, o militar passou por testes e avaliações antes de pilotar a aeronave em 45 missões.
A exposição ao público da réplica do Gripen na Esplanada ocorrerá até o próximo domingo (14/06), das 8h às 18 h. A visita é gratuita. A FAB está planejando as datas e cidades onde a maquete do caça será exposta.
Novo avião de caça brasileiro
A Força Aérea Brasileira receberá 36 aviões de caça Gripen NG da empresa sueca Saab. A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e, a última, em 2024. O contrato envolve o treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros na Suécia, apoio logístico e a transferência de tecnologia para indústrias brasileiras.
A aquisição das aeronaves trará benefícios que vão além do aumento da capacidade operacional da Força Aérea Brasileira. Por meio de um ambicioso programa de transferência de tecnologia, o Brasil pretende deixar de ser um comprador para se tornar um fornecedor de aeronaves de combate de última geração.
O contrato prevê a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares, um modelo criado especialmente para a FAB.
FONTE: Asscom