Entre os dias 15 e 19 de agosto, o Laboratório de Guerra Eletrônica (LAB-GE) do ITA realizou uma operação de avaliação do Sistema de Guerra Eletrônica da aeronave SH-16 Seahawk, do 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino (HS-1), junto com equipes do Centro de Guerra Eletrônica da Marinha do Brasil e do Comando em Chefe da Esquadra. A missão consistiu basicamente em efetuar a geração e a emissão de sinais radar em direção à aeronave, que estava estacionada dentro do hangar X-30 do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV).
A equipe do LAB-GE utilizou o gerador de cenários de guerra eletrônica Excalibur para criar os emissores radar solicitados pela equipe da Marinha. Os sinais foram irradiados em direção à aeronave para sensibilizar os sensores de guerra eletrônica embarcados. De dentro da aeronave, a equipe da Marinha operava o sistema de alerta radar, avaliando o desempenho dos equipamentos, em especial a classificação dos emissores radar pré-programados em sua biblioteca.
A realização da missão é de interesse comum às partes envolvidas. Para a Marinha, resultará em economia expressiva de horas de voo, que poderá testar o equipamento embarcado sem a necessidade de voar dentro de um cenário real de emissores para teste do sistema, bem como poderá dispor de uma maior flexibilidade para criação de emissores radar, gerados pelo sistema Excalibur do LAB-GE. Para a Aeronáutica, a realização da missão irá contribuir para trazer experiência operacional e aplicada para a equipe do LAB-GE. Segundo o Chefe do LAB-GE, Tenente Coronel Especialista Olympio Lucchini Coutinho, esse tipo de atividade está dentro da visão do LAB-GE de aplicação da sua capacidade técnico-cientifica e da sua infraestrutura em prol do setor operacional das Forças Armadas.
Ainda durante a missão, a equipe do LAB-GE teve a oportunidade de testar um novo conceito proposto pelo ITA para a realização mais eficiente deste tipo de atividade. Trata-se da operação remota de todo o sistema de controle, de instrumentação eletrônica e de geração dos sinais por meio da utilização de um enlace de fibra óptica para transmissão de sinais radar. Dessa forma, no futuro será possível realizar esse tipo de missão a partir das dependências do LAB-GE/ITA, com a aeronave posicionada no aeroporto, sem a necessidade de deslocamento dos equipamentos e da equipe de operação do sistema Excalibur, uma vez que os sinais serão transmitidos por cabos ópticos já instalados no campus do DCTA. O teste foi acompanhado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) e também contou com a visita dos 14 alunos do Curso de Especialização em Análise do Ambiente Eletromagnético (CEAAE).
A coordenação da avaliação operacional vinha ocorrendo desde março deste ano, quando houve uma missão precursora para análise da viabilidade de realização do experimento. Confirmada a possibilidade de prestação do apoio técnico por parte do ITA/IPEV, a Marinha fez solicitação formal do pedido de apoio via EMAER/DCTA.
FONTE: DCTA