Por Rubens Barbosa Filho
Os principais fabricantes mundiais de aeronaves executivas estiveram presentes: Embraer, Bombardier, Gulfstream, Airbus Helicopter/Helibras, Bell Textron Helicopter, Textron, Cessna, Beechcraft, AgustaWestland, Dassault, Piper, Pilatus e Russian Helicopters, entre outras.
Todos procurando dividir um mercado que apesar do aumento da frota e do número de destinos atendidos, teve redução no movimento de aeronaves executivas no ano passado, um sinal que alertou o setor para uma desaceleração da economia.
Dados divulgados antes do inicio do evento pela Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) apontam que a frota cresceu 4,9%, somando 14.648 aeronaves, mas o número de voos nos 33 maiores aeroportos do setor diminuiu 3,7%, para 739,9 mil, no ano passado.
De acordo com Eduardo Marson, presidente da ABAG, a meta do setor é manter o resultado do ano passado, quando a venda de aeronaves novas e usadas somou US$ 1,66 bilhão. “O segundo semestre do ano tem se mostrado mais difícil para a economia em diversos setores. E a aviação não escapa desta tendência”.
Segundo opinião de analistas, de maneira geral após alguns anos de crescimento, o mercado de aviação executiva, que recentemente ultrapassou os EUA e a Europa, no rescaldo da crise econômica global de 2014 tem revelado até agora ligeira retração nas expectativas em todo o Brasil e América Latina. Apesar da queda de desempenho em algumas áreas, no entanto, fabricantes continuam otimistas sobre a demanda de longo prazo para as suas ofertas de aeronaves executivas.
A cerimônia de abertura contou com a presença do Ministro Chefe da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco, Senador Vicentinho Alves, Prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Ministro do Turismo Vinicius Lage, Comandante do Quarto Comando Aéreo Regional (COMAR IV) Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Diretor-Geral do DECEA Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, Diretor de Operações do CGNA Coronel Aviador Ary Rodrigues Bertolino,Coronel Luiz Ricardo de Souza Nascimento, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Diretor-Presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) Marcelo Guaranys entre outras autoridades.
Em uma apresentação inicial, o Cel. Luiz Ricardo de Souza Nascimento, do DECEA explicou: “Operamos com plena segurança e coordenação com diversos órgãos durante todo o evento”, ao lembrar que o Aeroporto do Galeão, no Rio Janeiro, possui uma média de 370 movimentos aéreos por dia e, na Copa, chegou a registrar 852 movimentos. A palestra também abordou as expectativas para os Jogos Olímpicos de 2016.
Durante a cerimônia, o Cel. Ary Rodrigues Bertolino do CGNA, foi homenageado pela Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) em reconhecimento pelo trabalho realizado durante a Copa do Mundo.
Eduardo Marson em seu discurso de abertura propôs a todos os presentes uma reflexão sobre as dificuldades da operação da aviação geral e executiva no Brasil, estabelecendo um comparativo e citando como exemplo um caso de um aviador nos Estados Unidos da América, que encontra todas as facilidades possíveis para voar, que vão desde baixos custos de aluguel de aeronaves, combustíveis e, principalmente, a “desburocratização” dos sistemas de controles de tráfego nas terminais aéreas, sendo muito aplaudido por todos os presentes.
Nesta edição da LABACE foi constatada forte presença de empreendimentos responsáveis pela construção de aeroportos privados, entre eles o Aerovale, de Caçapava (SP), e o JHSF, que fica em São Roque (SP). Os heliportos Helipark e Helicidade também estiveram representados, assim como outras companhias importantes no segmento de aviação executiva como Swissport, Bendix King, Jeppesen, Rockwell Collins, CAE Systems, BR Aviation, Honeywell, Garmin, Bose entre outros.