Seis meses depois de começar a voar, a aérea ITA, do grupo Itapemirim, voltou ao chão, e com muito drama. Passageiros sem atendimento e sem saber o que fazer nos aeroportos por causa de uma operação suspensa dias antes do feriado do Natal. No entanto, será que a ITA não era uma tragédia anunciada? Afinal, foi criada por um grupo de transporte rodoviário que está em recuperação judicial para atuar em um setor que exige forte capacidade de investimento.
Diante da falta de informações, na sábado, 18, no Aeroporto de Guarulhos, passageiros chegaram a interromper o embarque das outras empresas para chamar a atenção para a falta de atendimento. Entre os prejudicados estava Jeane Mendes, 30 anos, que descobriu às 5 da manhã que não voaria mais de Guarulhos a Salvador. “Isso é uma tragédia anunciada. Se sabiam que iam falir, por que remarcaram a passagem de uns e fizeram check in de
outros?”, questionou a passageira.
A dúvida recai, então, sobre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): será que o órgão regulador deveria ter dado o aval para a ITA voar? Afinal, cabe à agência fiscalizar o funcionamento do segmento e garantir a sua operação plena.
Desde o anúncio da suspensão das operações da aérea, a companhia informou que exigirá da ITA reacomodações ou reembolsos.
FONTE: O Estado de S. Paulo