Cerca de 200 pessoas acompanharam a palestra de Charles Duke, um dos doze homens a pisar na lua
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), recebeu, na última quarta-feira (23) a visita do astronauta da NASA Charles Duke, um dos doze homens que pisou na lua e que foi integrante da Missão Apollo 16, em 1972. A palestra atraiu cerca de 200 pessoas e foi direcionada a professores, alunos e funcionários da instituição.
Apesar de ter seguido carreira na Força Aérea Americana, foi na Marinha dos Estados Unidos que Duke deu os primeiros passos. Tornar-se astronauta, para ele, foi a consequência de uma série de eventos não planejados. “Eu fui dispensado da aviação da Marinha, onde estava inicialmente, porque tinha um problema de visão. Depois fui acolhido pela Força Aérea Americana, instituição que mais tarde me enviou ao Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), local onde me graduei em engenharia”, explica. Em 1966, Duke foi selecionado como astronauta.
A Apollo 16 foi a quinta missão tripulada a pousar na lua e a décima do Programa Apollo. Durante a apresentação, Charles Duke falou a respeito da corrida espacial iniciada nos anos 60 do século passado, das questões técnicas relacionadas a uma missão lunar, das pessoas envolvidas nessa atividade, das sensações e impressões de se caminhar sobre a lua. O astronauta exibiu ainda imagens sobre a trajetória do foguete que levou a tripulação e dos astronautas dentro do engenho espacial. A Apollo 16 foi uma das missões que utilizou o jipe lunar e a primeira a colocar um pequeno satélite em órbita da lua.
O Analista de Ciência e Tecnologia Alexandre Toler Russo diz que poucas pessoas têm a oportunidade de ouvir a palestra de um astronauta que esteve na lua. Para ele, a experiência de Charles Duke nas diversas etapas do Programa Apolo é bastante rica, o que torna igualmente ricas as suas palavras a respeito do nascimento desse programa. “Foi uma palestra muito interessante. Ouvir uma pessoa com uma experiência dessas é muito engrandecedor. E, no Brasil, acho que só mesmo no DCTA é possível presenciar uma palestra desse tipo”, comenta Toler.