Acordo entre governos envolverá fornecimento do novo Super Tucano, e a modernização do velho Tucano e de caças F-5E
O negócio, segundo o embaixador brasileiro em Tegucigalpa, Zenik Krawctschuk,“depende da análise da linha de crédito e da definição quanto ao tipo de financiamento–por bancos privados ou por agentes públicos”.
O valor estimado não foi revelado. Especialistas do mercado de produtos de Defesa consideram que só a modernização dos 14 aviões envolvidos deve exigir entre US$ 35 milhões e US$ 63 milhões, dependendo da configuração pretendida. Os turboélices A-29 Super Tucano novos, da Embraer, implicam entendimento comercial em separado.
A aviação hondurenha quer a frota renovada para expandir as ações de controle do espaço nas fronteiras contra voos clandestinos do tráfico de drogas, contrabando de armas, a circulação irregular de pessoas e de mercadorias, componentes eletrônicos principalmente. Para validar o programa de policiamento do ar, o presidente Juan Orlando Marques sancionou a Lei de Exclusão Aérea, equivalente local à Lei do Abate brasileira.
A regra determina qu eaeronaves em atitude hostil ou suspeita de ato ilícito – por exemplo, sem plano de voo, não identificada, adotando comportamento evasivo, ou não reagindo à abordagem de interceptadores – serão obrigadas a pousar sob condição controlada.
Essa coação, em situação limite, pode chegar ao abate do invasor.
O subsecretário de Estado dos EUA para assuntos de Segurança, William Brownfield, revelou preocupação: “ninguém quer ver derrubadas aeronaves inocentes”.
OsTucanos, da Embraer, e os F-5E da Northrop, foram fornecidos, há 30 anos, para os hondurenhos, no ambiente da Guerra Fria.A Nicarágua,apoiada pela União Soviética, ameaçava invadir o vizinho– que foi,então, equipado pelos EUA.
FONTE: Estado de SP