O Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) realizou, na última semana (13), os testes dos radares primários e secundários das áreas de controle terminal do Rio de Janeiro, em operação conjunta com o radar aeroembarcado da aeronave E-99, operado pelo Esquadrão Guardião (2º/6º GAV), da Força Aérea Brasileira.
Os testes foram realizados em Deodoro, Engenhão, Maracanã, Copacabana e Barra da Tijuca, nas áreas proibidas, indicadas pela cor vermelha, onde o tráfego de aeronaves, no período dos Jogos Olímpicos, só será permitido mediante autorização do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Foi possível testar a integração do radar da aeronave E-99 com os demais radares do terminal do Rio de Janeiro, além de checar as frequências de defesa aérea nas áreas vermelhas.
Subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o GEIV é responsável por testar, aferir e calibrar os equipamentos de auxílio à navegação aérea instalados em aeroportos de todo o País. A utilização de radar móvel aeroembarcado é fundamental para assegurar a varredura de todo o espaço aéreo, no caso de aeronaves voarem a baixa altura e não serem detectadas por radares em terra.
“Durante a inspeção, foi avaliado o funcionamento do radar a bordo do E-99 em sua operação integrada com os radares de superfície da área de interesse das Olimpíadas. Enquanto acompanhava a trajetória do avião de inspeção, o controlador de tráfego aéreo em solo avaliou a qualidade e a confiabilidade das informações resultantes da integração, visualizadas na console radar”, explicou o capitão aviador Raphael Osório de Oliveira, da Subseção de Programa e Controle do GEIV.
A inspeção contou com o apoio da Célula de Operações Local (COL) do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC). Criada para as Olimpíadas, a célula instalada no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) tem a função de prover pronta resposta às ações de defesa aérea.
Grandes eventos – O GEIV participou dos voos de inspeção dos radares que vão apoiar o controle do espaço aéreo durante os Jogos Olímpicos, garantindo a confiabilidade dos auxílios de navegação aérea. De acordo com o comandante do GEIV, tenente-coronel aviador Marcelo de Lima Pinheiro, a unidade atua em todo o País, cumprindo cerca de 1.000 inspeções durante o ano, ao longo de 3.400 horas de voo, em média. “Precisamos ter certeza que os auxílios estão funcionando corretamente, o tempo inteiro. Nossas missões são planejadas de acordo com as necessidades específicas de cada equipamento, seja verificação periódica ou por motivos especiais”, esclareceu o militar.
FONTE: CGDA