O presidente francês François Hollande viaja para os Emirados Árabes na próxima terça-feira, para promover o caça Rafale, que concorre a uma licitação para renovação da frota. Mas durante a visita não será assinado nenhum contrato, de acordo com fontes diplomáticas.
A Dassault também está tentando concretizar a venda de 126 aviões para a Índia, e no Brasil, o caça francês também participa da licitação para renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira),que prevê a compra de 36 aviões. Também estão na disputa o F18 Super Hornet, da Boeing, e o Grippen, da Saab. Mas o processo está congelado por tempo indeterminado, como confirmou a presidente Dilma Rousseff em sua última visita à França, em dezembro.
Durante o mandato do presidente Sarkozy, o governo francês aumentou a pressão na tentativa de concretizar a venda dos caças aos Emirados Árabes Unidos, mas a negociação perdeu força e a oferta da Dassault foi até mesmo criticada publicamente. Em 2009, o então presidente Lula também havia prometido dar preferência ao Rafale na licitação brasileira, mas a falta de consenso entre o governo e alto escalão das forças armadas esfriou o negócio.
Em uma entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal Les Echos, o novo CEO da Dassault, EricTrappier, disse que o Canadá também se mostrou interessado nos caças franceses. Ainda de acordo com ele, caso a venda se concretize nos Emirados Árabes, o Qatar e o Kuwait também poderiam vir a fechar contrato.
FONTE: RFI