A França opta por armar os drones militares de observação e de reconhecimento até 2019
“Adaptação”. É disso que se trata, nas palavras da ministra da Defesa francesa, Florence Parly, no armamento de drones até agora apenas de observação e reconhecimento, a ser feito até 2019.
A França se junta assim ao grupo cada vez maior de países que tem tomado a mesma decisão como os Estados Unidos, Israel e a Grã-Bretanha.
O anúncio ministerial, feito ao público de militares e parlamentares na universidade de verão da Defesa, em Toulon, no sudeste francês. Os drones Reaper que a França tem serão equipados de meios de ataque até 2019, eventualmente com munições europeias e os que foram encomendados, de produção americana, serão entregues também em 2019 já armados, enquanto se espera a homologação de um drone de fabricação européia até 2025.
Uma evolução da capacidade de combate, declarou Parly, que fará pesar uma ameaça permanente sobre os grupos armados terroristas, nomeadamente os do deserto do Sahel.
Neste momento, a França tem 5 drones Reaper não armados posicionados na capital nigeriana, Niamey, para apoiar os 4.000 militares destacados na operação de contra-terrorismo Barkhane, na África e um outro em território francês.
“Para lá das nossas fronteiras, o inimigo é mais furtivo, mais móvel, desaparece no vasto deserto do Sahel e dissimula-se entre a população civil”, afirmou Parly, acrescentando: “Ao encarar isto, não podemos permanecer estáticos. Os nossos métodos e equipamentos devem adaptar-se. É com isto em mente que decidi iniciar o processo de armamento dos nossos drones de observação e de reconhecimento”.
A ministra afastou ainda as críticas que acusam os drones armados de não serem mais do que robôs de morte afirmando que a não presença de pilotos no local e a reação muito mais rápida, se localizada uma ameaça, conduzem à “diminuição do risco de danos colaterais”.
FONTE: Euronews