Maior e mais bem equipado navio da Força Naval Componente (FNC), que atua em Salvador durante a Copa do Mundo, a Fragata Niterói (F 40) é tripulada por 217 militares e seu poder de fogo inclui, além de foguetes antissubmarino, mísseis antinavio MM-40 EXOCET e antiaéreo ASPIDE; canhões de 115 mm, com alcance de 22 km, e antiaéreos automáticos de 40mm, com capacidade para neutralizar mísseis e aeronaves hostis; e lançadores triplos para torpedos Mk-46.
O principal fator de sucesso do emprego desse tipo de navio reside na capacidade dos seus radares, sensores e sistemas de processamento de informações de combate, que permitem a detecção de ameaças com a antecedência necessária à sua correta averiguação ou neutralização. “Quanto mais distante for a identificação de uma embarcação suspeita e maior for a quantidade de informações sobre ela, melhor será a tomada de decisão. Por isso, os sensores do navio são tão importantes”, afirma o Capitão-de-Fragata Rafael Vidal, comandante da Niterói.
Grande parte desse trabalho de monitoramento é realizada no Centro de Operações de Combate (COC) da Fragata, compartimento equipado com consoles computadorizados que concentram e processam informações dos diversos sensores e controlam todo o armamento do navio. O COC, assim como a ponte de comando (passadiço), é guarnecido 24 horas por dia.
Caso surja alguma dúvida quanto à identificação de um “contato”, a Fragata Niterói dispõe ainda de um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), composto por militares do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), que se mantêm em alerta para fazer a aeronave UH-12 Esquilo decolar no mais curto espaço de tempo.
Outro recurso à disposição da Fragata, para a averiguação de suspeitas no mar, é o seu Grupo de Visita e Inspeção (GVI), que pode abordar embarcações com o uso de lanchas. Na operação da Copa do Mundo, o navio também conta com o apoio de uma equipe de mergulhadores de combate que, caso acionada, pode contribuir com a abordagem.