Distribuídos em oito esquadrões, os helicópteros da Força Aérea Brasileira são capazes de cumprir variados tipos de missões. Em reconhecimento ao legado de todos os que participam de operações destas máquinas com capacidade de voo vertical e pairado, a FAB comemora, em 3 de fevereiro, o Dia da Aviação de Asas Rotativas.
A data foi marcada pelos feitos heroicos, no ano de 1964, dos Tenentes Ércio Braga e Milton Naranjo e dos Sargentos João Martins Capela Junior e Wilibaldo Moreira Santos. Naquele dia, esses combatentes, que cumpriam missão de paz da ONU na República do Congo, resgataram, com um helicóptero H-19, tripulantes e missionários prestes a serem capturados por rebeldes fortemente armados.
Formação de Pilotos
Após a formação na Academia da Força Aérea (AFA), os aspirantes a oficial designados à Aviação de Asas Rotativas passam por uma instrução específica no Esquadrão Gavião (1º/11º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), por meio do Curso de Especialização Operacional da Aviação de Asas Rotativas (CEO-AR).
No curso, os estagiários aprendem instruções voltadas à operação do helicóptero H-50 Esquilo e desenvolvem capacidades psicomotoras e afetivas que os habilitam ao emprego eficiente e seguro nas missões de adaptação diurna e noturna, instrumento básico e avançado, rapel, gancho e guincho, formatura básica e tática, heliponto elevado, Navegação entre Obstáculos (NOE), busca, emprego ar-solo (armamento frontal), ataque e escolta. “Todas essas atividades são planejadas e executadas dentro do cenário atual de doutrina da FAB e, em especial, voltadas para fortalecer valores de liderança, excelência no conhecimento, comprometimento, prontidão operacional e valorização do homem nos futuros pilotos da Aviação de Asas Rotativas”, afirma o Major Aviador Éverson Lousano Galvão, Chefe da Seção de Operações do 1º/11º GAV.
Além do H-50 Esquilo, a FAB opera o H-60 Black Hawk, o H-1H, também conhecido por “Sapão”, e o H-36 Caracal, que são aeronaves multimissões, utilizadas nas operações de busca e salvamento, busca e salvamento em combate, evacuação aeromédica, transporte aéreo logístico, além de defesa aérea. Já para o transporte de autoridades, operam o VH-35 e o VH-36, uma versão adaptada do Caracal. Completa a lista de vetores com asas rotativas da FAB o helicóptero de ataque AH-2 Sabre.
A Capitão Déborah de Mendonça Gonçalves é Chefe da Seção de Apoio do Esquadrão Harpia, sediado na Ala 8, em Manaus (AM). Ela destaca a importância das missões na região. “Na Amazônia o acesso é muito difícil, quase não há pistas e muito menos estradas. Com o helicóptero conseguimos chegar a qualquer localidade por menor que seja o espaço para pousar”, afirma.